Mingau tem sedação reduzida, mas segue em estado grave
Baixista do Ultraje a Rigor foi baleado na cabeça no início do mês em Paraty (RJ); músico já passou por duas cirurgias em hospital de SP
atualizado
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São Paulo – O baixista da banda Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, o Mingau, passa por um processo gradativo de redução das drogas sedativas, mas seu estado ainda é considerado grave, segundo boletim médico divulgado na manhã desta segunda-feira (11/9).
Mingau está internado no Hospital São Luiz Santo Amaro, em São Paulo, desde o dia 3, após ter sido baleado na cabeça em Paraty (RJ).
De acordo com o boletim, o músico continua na UTI, sob ventilação mecânica e recebendo suporte clínico para controle da pressão intracraniana. O procedimento de redução da sedação começou no sábado (9/9).
Na noite de quarta-feira (6/9), Mingau foi submetido a uma cirurgia de craniectomia descompressiva. O procedimento, que durou 2h30, consistiu na remoção de parte da calota craniana para alívio da pressão.
A conduta já havia sido adotada na primeira cirurgia, no domingo (3/9), mas os médicos explicaram, em coletiva na terça-feira (5/9), que talvez fosse necessário retirar mais uma parte.
Segundo os médicos, o tiro atingiu a região frontal esquerda da cabeça de Mingau e atravessou o crânio, deixando pequenos fragmentos alojados.
Os médicos do Hospital São Luiz afirmam que é cedo para projetar as possíveis sequelas para o músico. “A região atingida tem algumas funções, funções motoras, funções de linguagem. Na fase em que ele está, fica muito difícil estabelecer um prognóstico em relação a sobrevida e sequelas neurológicas. É muito precoce”, disse Manoel Jacobsen, responsável pelo caso de Mingau.
Tiro na cabeça
Mingau foi baleado na cabeça, na noite do dia 2, enquanto passava de carro pela Praça do Ovo, no bairro Ilha das Cobras, em Paraty (RJ). O músico estava acompanhado de um amigo, que, em uma primeira versão, disse que eles estavam indo compras drogas. Depois, alegou que a dupla estava a caminho de uma lanchonete.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que o local é ponto de venda de drogas. Segundo o delegado Marcello Russo, uma das hipóteses é que um traficante tenha atirado contra o veículo por engano.
O baixista foi transferido para o Hospital São Luiz no domingo (3/9). No mesmo dia, passou por uma cirurgia de emergência que durou mais de 3 horas.