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Milton Leite entra em rota de colisão com PSDB por sucessão na Câmara de SP

Atual presidente da Câmara Municipal, Milton Leite deve apoiar Ricardo Teixeira (União) como sucessor e PSDB, em crise, fala em traição

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Câmara Municipal de São Paulo/Divulgação
Milton Leite
1 de 1 Milton Leite - Foto: Câmara Municipal de São Paulo/Divulgação

São Paulo — O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União), entrou em rota de colisão com a bancada do PSDB na Casa por causa da eleição para sua sucessão no comando do Legislativo paulistano, que só vai ocorrer em dezembro.

Nos últimos dias, Leite passou a trabalhar pela eleição do vereador Ricardo Teixeira (União), um de seus aliados mais próximos. Até a última sexta-feira (12/5), Teixeira era secretário de Mobilidade e Trânsito na gestão do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), por indicação do presidente da Câmara.

Ocorre que a bancada tucana, que tem 8 das 55 cadeiras da Câmara, vinha trabalhando com um compromisso que teria sido acordado com Leite para indicar o próximo presidente da Casa. O nome de consenso no PSDB era o do atual vice-presidente, Xexéu Trípoli.

Vereadores que participaram da composição da Mesa Diretora da Câmara no ano passado afirmam que Leite havia afirmado aos tucanos que os apoiariam na próxima eleição da Casa, cujo mandato ocorrerá no ano eleitoral, em troca do apoio do PSDB na ocasião. A indicação de Xexéu para a vice-presidência da Casa saiu dessa costura.

Os tucanos citam que o próprio apoio à primeira eleição de Leite como presidente da Câmara, em 2021, primeiro ano da atual legislatura, já havia sido feita com base nesse acordo.

Bruno Covas, então prefeito da cidade (morto em maio daquele ano), queria que o PSDB indicasse o presidente da Câmara nos dois primeiros anos do mandato e, em troca, Leite receberia apoio para comandar o Legislativo nos dois últimos.

Leite, porém, conseguiu demover Covas da ideia e alterou o acordo: ele seria o indicado nos dois primeiros anos e apoiaria um nome tucano para os dois últimos anos.

No ano passado, com o argumento de que este será seu último mandato, Leite conseguiu aprovar na Câmara um projeto que o permitiu exercer um terceiro mandato como presidente da Casa – em uma manobra que contou com o apoio tucano.

Mas, agora, diante do enfraquecimento acelerado do PSDB na cidade, depois da morte de Covas e da derrota do ex-governador Rodrigo Garcia em 2022, o presidente da Câmara vem falando com cada vez mais frequência a interlocutores sobre sua vontade de indicar outro aliado ao posto.

Procurado pelo Metrópoles sobre a articulação pela sucessão na Câmara, Milton Leite afirmou que é “muito cedo para discutir isso”.

Líder do PSDB na Casa, o vereador João Jorge disse que o partido espera que Leite “honre o compromisso” assumido com a sigla e apoie um nome da legenda.

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