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Milton Leite diz não ter “RG e CPF” de investigados por elo com PCC

Arrolado como testemunha em investigação envolvendo empresas de ônibus, Milton Leite disse que irá colaborar com o MPSP

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Richard Lourenço/Rede Câmara
Imagem colorida mostra Milton Leite, homem negro, grisalho, de terno preto, na mesa da presidência do plenário da Câmara Municipal, falando ao microfone com o dedo indicador em riste e olhando para sua direita - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Milton Leite, homem negro, grisalho, de terno preto, na mesa da presidência do plenário da Câmara Municipal, falando ao microfone com o dedo indicador em riste e olhando para sua direita - Metrópoles - Foto: Richard Lourenço/Rede Câmara

São Paulo Presidente da  Câmara Municipal da capital paulista, o vereador Milton Leite (União) disse que apesar de “conhecer profundamente” o funcionamento do transporte público na cidade, não possui maiores detalhes sobre dirigentes de empresas de ônibus investigados por suposto elo com o PCC.

“Todos vocês sabem que eu sou um profundo conhecedor de sistema de transportes da cidade de São Paulo. É óbvio que você conversa com todos os setores, de A a Z, mas eu não tenho CPF e RG de cada investigado, não sei quem eles são”, declarou nesta terça-feira (11/6).

Leite acrescentou que tem maior proximidade com alguns dos dirigentes por serem vizinhos ao seu escritório, na zona sul paulistana. “Mas não acredito que estejam comprometidos com o crime organizado”, afirmou durante entrevista coletiva concedida na Câmara.

Na semana passada, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) concedeu habeas corpus e mandou soltar Luiz Carlos Efigênio, o Pandora, sócio da empresa Transwolff, acusado de liderar o esquema de lavagem de dinheiro do PCC nos ônibus da capital.

Pandora é ligado a Leite, que havia construído, em 2006, uma das garagens da Cooperpam – que deu origem à Transwolff. Em maio, a Justiça decretou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do vereador, que não está entre os denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), mas consta no rol de testemunhas da investigação.

“Obviamente eu respeito o trabalho do Ministério Público, se me chamassem como testemunha eu iria com a maior satisfação, acho que dá para colaborar muito com eles, até para eles entenderem o que é o sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo”, disse Leite.

O vereador também disse que, em 28 anos de mandato, nunca foi processado na vida pública.

“Estou processando diversas pessoas, mas não tenho nenhum processo, não tenho nenhuma condenação”, afirmou.

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