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Milícia de PMs e GCMs atuava com PCC na Cracolândia, diz MPSP

Segundo investigações do Gaeco, o PCC montou “fortaleza” na Favela do Moinho, região da Cracolândia, no centro da capital de São Paulo

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Imagem colorida mostra usuários da Cracolândia, no centro de São Paulo, com grades ao redor - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra usuários da Cracolândia, no centro de São Paulo, com grades ao redor - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo — A megaoperação deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) na Cracolândia, nesta terça-feira (6/8), tem como objetivo desmantelar uma milícia formada por policiais militares e guardas civis que atua na região central para vender proteção a comerciantes contra a ação de criminosos e usuários de drogas. As informações foram obtidas pelo Estadão.

A operação, batizada de Salus et Dignitas, foi deflagrada a partir de investigações do Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Os promotores afirmam que a Cracolândia se tornou um “ecossistema de atividades ilícitas” controlado pelo PCC, explorado por diversos grupos criminosos organizados e caracterizado pela “violação sistemática aos direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade”.

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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia
Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da  cracolândia
Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local
Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020
Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo
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Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP

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Polícias Civil e Militar, a Guarda Civil Metropolitana e funcionários da Prefeitura de São Paulo fazem operação na cracolândia

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Objetivo da operação é combater o tráfico de drogas na Praça Princesa Isabel, no centro da capital paulista, nova localização da cracolândia

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Prefeitura de SP cercou em 2022 usuários na Praça Princesa Isabel após Cracolândia migrar para o local

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Tentativa da polícia de limpar a Cracolândia em outubro de 2020

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Cracolândia: "fluxo" é visto em região do bairro Campos Elíseos, em São Paulo

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Dependente químico segura cachimbo de crack na região da Luz, em São Paulo

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Homem sentado no chão na Rua Prates

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Homem sentado na Praça Marechal Deodoro, com coberta azul, tomando sopa

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Fluxo da Cracolândia, no cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Pessoas no fluxo da Cracolândia, na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua dos Gusmões

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Em situação de rua, Júlio César Ferreira da Silva, 33 anos, ao lado de seu cachorro, Scooby

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Barracas montadas nas grades do Parque da Luz, em frente à estação, na região central de São Paulo

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Pessoas deitadas na calçada no entorno do Parque da Luz, em São Paulo

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Pessoas em situação de rua carregam sacos sobre as costas no Bom Retiro

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Abordagem de pessoa em situação de rua na Prates, no Bom Retiro

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Homens aguardam sopa na Praça Marechal Deodoro, em São Paulo

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Pessoas formam fila à espera de sopa na Praça Marechal Deodoro, em São Paulo

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Pessoas pegam potes de sopa na Praça Marechal Deodoro

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População em situação de rua sob o Minhocão, em São Paulo

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Pessoas reunidas na Feira do Rolo, na Avenida São João, região central

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São cumpridos sete mandados de prisão, 117 de busca e apreensão e 46 de sequestro e bloqueio de bens.

Além da proteção aos comerciantes, a milícia formada na região atuava na distribuição de drogas, comércio de peças de carros e motos, receptação de celulares roubados, venda de armas e em redes de hotéis, lojas e ferros-velhos.

Por fim, foi detectada uma rede de prostituição em hotéis e uso pela indústria de reciclagem de produto fruto de trabalho infantil e de usuários de droga, que são pagos com pedras de crack e cachaça.

Favela do Moinho

Segundo o Estadão, as investigações apontaram que a Favela do Moinho, localizada ao lado do viaduto Orlando Miguel, nos Campos Elíseos, se tornou uma “fortaleza do PCC”. De lá, os criminosos estariam controlando as comunicações da polícia e mantém um tribunal do crime.

Valdecy Messias de Souza, Paulo Márcio Teixeira, Ingrid de Freitas, Ivan Rodrigues Ferreira e Janaína da Conceição Cerqueira Xavier como os responsáveis pelo esquema de vigilância.

Eles estariam usando rádios transmissores codificados na frequência dos órgãos de segurança pública, que permitiam o acompanhamento das movimentações policiais.

Leo do Moinho

Um dos principais alvos da operação desta terça-feira (6/8) é Leonardo Monteiro Moja, o Leo do Moinho. Ele é apontado como responsável pelo abastecimento de drogas na região da Cracolândia.

Seria na Favela do Moinho que Moja armazenava a droga antes de distribuí-la para seus entrepostos na Cracolândia, como a rede de hotéis e hospedarias compradas pela facção.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo informa que, seguindo uma determinação do Prefeito Ricardo Nunes, solicitou, em junho de 2023, ao Ministério Público a prisão preventiva do guarda civil metropolitano Elisson de Assis.

Segundo a administração municipal, o processo foi arquivado pelo Ministério Público em janeiro deste ano, mas a Prefeitura continuou apurando as denúncias envolvendo o agente. O processo de expulsão de Elisson de Assis está concluído.

Antônio Carlos Amorim Oliveira e Renata Oliva de Freitas Scorsafava já foram afastados e o processo de expulsão está em andamento. Rubens Alexandre Bezerra foi expulso da corporação em 31 de julho de 2019.

A Prefeitura disse ainda que participou, com o governo do Estado e o próprio Ministério Público Estadual, de todas as discussões sobre a operação deflagrada nesta terça-feira (6/8) na região central da cidade. Foram quatro reuniões realizadas nos últimos dias, sendo duas delas com a presença do prefeito Ricardo Nunes, ao lado do governador Tarcísio de Freitas.

Além disso, secretários estaduais e municipais estiveram reunidos para discutir a atuação dos órgãos participantes da operação. A Prefeitura conta com cerca de 500 agentes nas ruas hoje prestando apoio e atendimento nas áreas de segurança, assistência social e saúde, além das equipes responsáveis pela interdição de imóveis alvos da operação.

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