Michelle aposta em ex-Jovem Pan para fazer bancada bolsonarista em SP
Michelle Bolsonaro e aliados do ex-presidente apostam em advogada cubana e capitão da PM como puxadores de votos para Câmara Municipal de SP
atualizado
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São Paulo – Preocupados em ampliar a bancada de vereadores do PL na capital paulista, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro se preparam para lançar duas candidaturas com potencial de serem puxadoras de voto. Uma delas é apadrinhada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, a advogada cubana Zoe Martinez (foto em destaque), de 24 anos, é uma das principais apostas do partido na eleição para a Câmara Municipal de São Paulo deste ano.
Ex-comentarista política da Jovem Pan, Zoe se filiou ao PL no ano passado, a convite da própria Michelle, já com a intenção de se candidatar a vereadora.
Desde março do ano passado, ela é assessora parlamentar no gabinete do 2º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), e recebe salário bruto de R$ 15,6 mil.
Embora tenha nascido em Cuba, Zoe vive no Brasil desde os 12 anos e foi naturalizada brasileira em 2018. Entre 2019 e 2020, foi assessora no gabinete da deputada Bia Kicis (PL-DF).
Zoe é vista no PL como potencial puxadora de votos, ou seja, uma candidata com possibilidade de atrair tantos votos a ponto de permitir a eleição de mais vereadores pelo partido, por causa do quociente eleitoral, que calcula a quantidade de vagas destinada a cada legenda a partir da soma dos votos obtidos por todos os seus candidatos.
Outro nome visto como possível puxador de votos é o do Capitão Alisson (PL), da Polícia Militar (PM), que foi candidato a deputado estadual em 2022 e recebeu 16,8 mil votos.
Embora não tenha sido eleito, Alisson ficou como suplente e apresentou desempenho considerado satisfatório pelo PL na capital (9,3 mil votos).
Natural de Fernandópolis, a 141 km da capital paulista, ele já foi oficial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista, e deve ter a candidatura apoiada por bolsonaristas, como o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e o deputado federal Ricardo Salles.