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Mexicano largou petrolífera e virou cozinheiro da metanfetamina em SP

Operação Heisenberg, inspirada na série Breaking Bad, procura engenheiro químico Guillermo Ortiz, que fez preço da droga baixar em São Paulo

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FOTO MAIS ATUAL DO TRAFICANTE GUILLERMO ORTIZ - METRÓPOLES
1 de 1 FOTO MAIS ATUAL DO TRAFICANTE GUILLERMO ORTIZ - METRÓPOLES - Foto: Reprodução

São Paulo – O ex-engenheiro químico da estatal petrolífera mexicana Pemex Guillermo Fabian Martinez Ortiz, de 40 anos, é alvo de um mandado de prisão sob suspeita de ser o “Fantasma”, cozinheiro de metanfetamina conhecido no submundo que fez até o preço da droga baixar em São Paulo.

Ortiz é um dos principais alvos da Operação Heisenberg, da Polícia Civil paulista, deflagrada para prender 60 integrantes de um grupo de chineses, mexicanos e nigerianos que dominam a venda da metanfetamina em São Paulo.

A ação policial leva esse nome porque foi inspirada na série televisiva Breaking Bad. Protagonista da trama, o professor de química Walter White vira cozinheiro de metanfetamina após ser diagnosticado com câncer no pulmão. Ao longo da série, torna-se um temido traficante, com o codinome de Heisenberg.

Ortiz já havia sido preso uma vez em 2022, em um motel, com 12,5 gramas de metanfetamina, armas e recipientes usados para cozinhar a droga. Ele foi condenado a um ano de prisão, mas teve o direito de responder em liberdade.

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Traficante mexicano conhecido como "Hector Salamanca" é alvo da Operação Heisenberg, cujo nome foi inspirado na série Breaking Bad
Traficante Guillermo Ortiz é alvo da Operação Heisenberg por cozinhar metanfetamina em SP
Foto do traficante Guillermo Ortiz quando ele foi preso em 2022
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Traficante Pikang Dong alvo da Operação Heisenberg

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Traficante mexicano conhecido como "Hector Salamanca" é alvo da Operação Heisenberg, cujo nome foi inspirado na série Breaking Bad

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Traficante Guillermo Ortiz é alvo da Operação Heisenberg por cozinhar metanfetamina em SP

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Foto do traficante Guillermo Ortiz quando ele foi preso em 2022

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Foi na Operação Heisenberg, conduzida pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que Ortiz passou a ser investigado como um dos maiores fornecedores de um grupo de narcotraficantes chineses em São Paulo.

A investigação revela que a metanfetamina se popularizou e virou a droga do sexo químico em motéis e hotéis da capital paulista. Conhecida como “chemsex”, termo em inglês, a prática consiste em apimentar o sexo com o uso de drogas. A metanfetamina tem um efeito que dura muitas horas e tem sido muito usada para esse fim.

Após a Polícia Civil prender um grupo de chineses com 2 kg da droga no centro de São Paulo e apreender seus celulares, um manancial de trocas de mensagens identificadas nesses aparelhos mostrava uma grande rede de tráfico.

Ortiz era um dos protagonistas desses diálogos encontrados nos celulares dos chineses. Em uma dessas conversas, ele negociava a venda de pistolas e uma metralhadora com um traficante chinês. Trocaram até imagens das armas.

Em outra conversa, Ortiz envia uma foto de cristais de metanfetamina e, em seguida, encaminha o número de Pix de outro traficante. Sua esposa também recebeu transferências de traficantes chineses.

Entre os traficantes chineses, o apelido de Ortiz é “Fantasma”. Assim como outros mexicanos alvos da operação, ele não foi localizado por policiais e continua a ser procurado.

Queda de preço

Investigadores desconfiam de que a vinda de Ortiz para o Brasil tenha relação com a queda no preço da metanfetamina. Antes, a droga era importada e apreensões anuais eram irrisórias.

O mexicano, que tem conhecimento técnico profundo sobre o manuseio dos componentes dela, passou a produzi-la em São Paulo, com qualidade alta e preço mais baixo, segundo a investigação.

Para ter uma ideia, um grama de metanfetamina chegava a R$ 600. Hoje, é encontrado por R$ 70. Ortiz teria aberto possibilidade para que chineses e nigerianos se aventurassem a produzir a droga, o que fez o preço baixar mais ainda.

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