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Metroviários propõem catraca livre em greve contra privatizações

Presidente do Sindicato dos Metroviários diz que oferecerá ao governo Tarcísio possibilidade de que linhas operem, mas com catraca livre

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1 de 1 Foto colorida mostra passageiros esperando Metrô - Foto: Renan Porto/Metrópoles

São Paulo – Os sindicatos que representam metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp confirmaram, nesta quinta-feira (28/9), a realização da greve prevista para o próximo dia 3, contra privatizações e concessões feitas pelo governo de São Paulo.

Em entrevista coletiva, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, propôs que as linhas do Metrô afetadas pela greve – 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata – funcionem com catracas abertas, sem a cobrança de tarifa, permitindo a circulação normal dos usuários.

“A gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas. Se o governador topar o desafio, a gente se propõe a trabalhar com as catracas abertas para não prejudicar o trânsito da população. Mas ele não pode mentir, como ele fez em março. Na época, ele topou, nós estávamos prontos para trabalhar com catraca livre, mas ele recuou”, disse Camila.

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Passageiros do Metrô
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Questionada sobre reivindicações das categorias para que a greve não aconteça, a presidente do Sindicato dos Metroviários disse que, até o momento, o governo do estado “não chamou ninguém para conversar”.

“A última declaração de um representante do governo foi sugerindo que nossa greve não tem previsão legal. Isso não é verdade”, diz ela. “Diante de sucessivas declarações dizendo que vai privatizar, não temos como responder sobre uma contrapartida. É um movimento de protesto, um aviso. Nossas categorias vão lutar até o final”, afirma Camila.

Ao Metrópoles, um auxiliar de Tarcísio disse que greves motivadas por privatização não têm previsão legal, ao contrário de paralisações que servem como instrumento de pressão durante campanhas salariais, por exemplo.

A entrevista coletiva desta quinta-feira (28/9) também contou com a participação de Eluiz Alves, presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo; Ronaldo Leite, diretor do Sindicato da Central do Brasil, que também representa ferroviários; e José Faggian, presidente da Sintaema, que representa Sabesp e Cetesb. Ele reafirmaram as críticas às privatizações e ao governador Tarcísio de Freitas.

Segundo Camila Lisboa, o Sindicato dos Metroviários fará um “ato-assembleia” na segunda-feira (2/10), véspera da greve, para realizar uma votação simbólica sobre a paralisação.

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