Metroviários decidirão na noite desta 3ª feira se greve vai continuar
Sindicato dos Metroviários fará nova assembleia a partir das 18h desta 3ª feira para decidir se greve que afeta 4 linhas de metrô continuará
atualizado
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São Paulo — Os metroviários de São Paulo vão realizar uma nova assembleia, a partir das 18h desta terça-feira (3/10), para decidir se a categoria mantém a greve, inicialmente de 24 horas, por mais dias. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo diretor do Sindicato dos Metroviários, Altino Melo.
A greve conjunta com os ferroviários, deflagrada nesta terça contra o plano de concessões e privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), fechou quatro linhas do Metrô e três da CPTM — outras duas operam parcialmente (7-Rubi e 11-Coral). As linhas de metrô e trem concedidas à iniciativa privada funcionam normalmente.
“Vamos discutir um processo de terceirização do pátio do Oratório, que é do Monotrilho, e também a terceirização de parte do atendimento das estações. Existe uma indignação muito grande da categoria sobre esses temas, então existe a possibilidade de continuar a greve ou não”, afirma Altino.
A votação sobre uma possível continuidade da greve será virtual, e o resultado deve sair até as 20h, segundo o sindicalista. “De qualquer forma, nós vamos continuar o protesto contra a privatização do monotrilho e de parte das bilheterias. O que a gente quer é mais investimento no setor público”, diz Altino.
A assembleia, enfatiza o diretor, não envolverá os sindicatos da CPTM e da Sabesp, que participam da greve desta terça-feira.
A pedido do Metrô, a Justiça do Trabalho havia determinado o funcionamento de 100% dos serviços no horário de pico — das 6h às 9h e das 16h às 19h — e de 80% nos demais horários, sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 500 mil.
Na manhã desta terça, o governador Tarcísio de Freitas condenou a greve e o descumprimento da decisão judicial. “É lamentável que a população de São Paulo acorde mais uma vez refém de sindicatos que manobram os trabalhadores do transporte público estritamente por interesses políticos e ideológicos”, disse.
O presidente do Metrô, Júlio Castiglioni, afirmou que a empresa vai punir os funcionários que organizaram a paralisação. “Em persistindo o descumprimento da ordem judicial, nós vamos, no tempo devido, no modo devido, executar as multas. Vamos punir aqueles que eventualmente empreenderam alguma conduta abusiva e é o mínimo que podemos apresentar como resposta”, afirmou.
De acordo com o governo do estado, até 9h30, o Metrô e a CPTM funcionavam da seguinte forma:
Metrô
• Linha 1- Azul: fechada
• Linha 2- Verde: fechada
• Linha 3-Vermelha: fechada
• Linha 15- Prata: fechada
CPTM – em operação parcial desde às 5h
• Linha 7- Rubi: de Caieiras a Luz
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: de Guaianases a Luz
• Linha 12- Safira: fechada
• Linha 13- Jade: fechada
Segundo o governo, as seguintes integrações estão abertas nesta manhã: Linha 7-Rubi na Estação Barra Funda com a Linha 8-Diamante; Linha 11-Coral e 7-Rubi na Estação Luz com a Linha 4-Amarela. As transferências com a Linha 3-Vermelha, na Barra Funda, e com a Linha 1-Azul, na Luz, continuam fechadas.
As linhas de transporte metropolitano já concedidas à iniciativa privada, 4-Amarela e 5-Lilás, de metrô, e 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trem, estão operando normalmente. Ainda assim, a expectativa é que a paralisação provoque caos no trânsito da cidade.