Metroviários decidem não realizar nova greve na próxima terça-feira
Categoria estudou fazer uma nova paralisação após a empresa decidir punir nove metroviários por uma greve surpresa de 3 horas em 12/10
atualizado
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São Paulo – Funcionários do Metrô de São Paulo decidiram, em votação finalizada na noite desta quinta-feira (26/10), por não realizar uma nova greve na próxima terça-feira (31/10). Os metroviários estudaram fazer uma paralização após a empresa decidir punir nove funcionários por uma greve surpresa de três horas no feriado de 12 de outubro.
De acordo com a companhia, 5 empregados foram demitidos, um foi suspenso por 29 dias e outros três, que contam com estabilidade sindical, suspensos sem remuneração.
A decisão do Metrô foi baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos 9 profissionais. A direção da companhia avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido implementada sem aviso prévio e sem qualquer autorização neste sentido pela assembleia da categoria dos metroviários.
A companhia disse também avaliar outros casos e não descarta novas punições. Segundo a empresa, os 9 empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas por outros três empregados da Linha 2-Verde. Ainda de acordo com o Metrô, tais advertências não implicavam em demissão ou redução de salários.
Os funcionários do Metrô alegaram que a paralisação era, na verdade, um protesto. Os servidores estavam manifestando solidariedade a três trabalhadores da Linha 2-Verde que tinham se recusado a assumir as funções após o recebimento de advertências que consideravam injustas. De acordo com o Metrô, “tais advertências não implicavam em demissão ou redução de salários”.
Greve unificada
Os metroviários votaram de forma favorável à construção de um plano para uma nova greve geral unificada com ferroviários, trabalhadores da Sabesp, professores do Estado e outras categorias.
O sindicato fará uma assembleia na próxima segunda feira (30/10) para estudar um plano de atividades contra as demissões e discutir a necessária solidariedade imediata aos 9 trabalhadores demitidos.