Metrô-SP: indefinição sobre retorno faz passageiros esperarem horas
Passageiros aguardam a retomada das atividades nas quatro linhas do Metrô-SP paralisadas pela greve dos metroviários desde o início da manhã
atualizado
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São Paulo – Passageiros do Metrô de São Paulo aguardam por mais de 4 horas a retomada da operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, paralisadas desde o início desta quinta-feira (23/3), por conta de uma greve da categoria dos metroviários.
Na Estação da Luz, uma fila de pessoas sentadas se formou em frente ao acesso que faz a baldeação da linha amarela da CPTM, essa em operação normal, para a linha azul.
Com as notícias de que os trens voltariam a circular e as catracas seriam liberadas, muitos optaram por esperar em vez de buscar uma alternativa de transporte. Funcionários da estação são perguntados a todo momento sobre a previsão de abertura.
A vendedora Geovana Nogueira é uma delas: “Eu sabia meio por cima da greve, mas vi a notícia que iria voltar. Então, achei melhor vir e esperar um pouco. Mas já estou aqui desde às 9h”, afirmou a passageira, que entraria às 10h no trabalho.
A auxiliar de limpeza Cristina Pereira estava na mesma situação. “Cheguei 10h30 aqui. Já são 13h e nada. Os funcionários falaram que não tem previsão”, reclamou.
Retomada
O Metrô chegou a anunciar que retomaria a operação com as catracas livres, ou seja, com entrada gratuita nas estações. A medida seria tomada após um acordo com o Sindicato dos Metroviários.
Mas uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), obtida pelo próprio Metrô, derrubou o passe livre e determinou o retorno de 80% da operação nos horários de pivô e de 60% no restante do dia.
O Sindicato dos Metroviários já divulgou que irá recorrer da decisão.
Em nota, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) informou que, “diante da continuidade da paralisação por parte do Sindicato dos Metroviários mesmo com a liberação das catracas, obteve na manhã desta quinta-feira (23) liminar que determina o funcionamento de 80% do serviço do metrô nos horários de pico (entre 6h e 10h e entre 16h e 20h) e com 60% nos demais horários, durante todo o período de paralisação, com cobrança de tarifa”.
A proposta de abrir as catracas havia sido feita pelos metroviários na audiência de conciliação com a empresa no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2), nessa quarta. A juíza-relatora do caso, Eliane Aparecida da Silva Pedroso, havia acatado a proposta na decisão em que negou liminar pedida pelo Metrô para garantir um percentual mínimo de operação de trens nesta quinta.