Metrô-SP espera volta de 100% dos funcionários para ter operação total
Metroviários aceitaram, em votação apertada, proposta do Metrô e encerraram greve nesta sexta-feira (24/3), após dois dias de paralisação
atualizado
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São Paulo – O Metrô de São Paulo aguarda o retorno de 100% dos funcionários, nesta sexta-feira (24/3), para retomar a operação completa das quatro linhas afetadas pela paralisação dos metroviários há dois dias. A volta do funcionamento total deve ocorrer até o início da tarde.
Em assembleia nesta manhã, o Sindicato dos Metroviários decidiu aceitar a proposta do Metrô e encerrou a greve. O acordo contempla o pagamento, em abril, de abono salarial no valor de R$ 2 mil, e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024.
“O Metrô vai retomar a operação em sua totalidade, com retorno de 100% do efetivo às atividades, após o Sindicato dos Metroviários aceitar a proposta da Companhia para encerrar a greve. A companhia aguarda o retorno dos colaboradores às suas funções para normalizar completamente suas operações”, afirmou o Metrô de São Paulo, em nota.
Segundo o sindicato, o metrô deve levar algum tempo para voltar a operar plenamente, devido ao tempo necessário para que os funcionários cheguem a seus postos de trabalho.
A votação da assembleia foi apertada, com uma diferença de 21 votos. Os metroviários afirmaram que, apesar do acordo, a proposta apresentada pelo governo é “insuficiente”.
Funcionamento parcial
O Metrô de São Paulo deu início às 6h45 desta sexta a um novo plano de contingência para garantir o funcionamento parcial de três das quatro linhas paralisadas pela greve dos metroviários.
Até o momento, a linha 1-Azul funciona apenas entre as estações Ana Rosa e Luz. A linha 2-Verde vai operar da estação Alto do Ipiranga até a estação Clínicas. E a linha 3-Vermelha, entre as estações Santa Cecília e Bresser-Mooca. A linha 15-Prata permanece fechada.
O Governo de São Paulo e a Prefeitura de SP decretaram ponto facultativo em repartições públicas.
Governo multado
No início da noite de quinta (23), o sindicato e o Metrô de São Paulo participaram de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT), que acabou sem acordo.
A juíza relatora Eliane Aparecida da Silva Pedroso destacou que o Metrô não aceitou as propostas feitas pelo sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e “se negou a apresentar qualquer proposta de solução” para a greve.
A magistrada multou a companhia em R$ 100 mil por “conduta antissindical”, após o governo do estado anunciar a retomada da operação com catraca livre e, ao mesmo tempo, acionar Justiça para obrigar o restabelecimento do serviço com tarifa.
Os metroviários cobram pagamentos referentes a um abono salarial, cancelamento de punições e de descontos no salário de grevistas.