Metrô de SP: sindicato convoca greve para a próxima terça (15/8)
A greve, anunciada nesta quinta-feira, será decidida em uma assembleia marcada para a noite de segunda-feira, dia 14
atualizado
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São Paulo – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo anunciou que pode entrar em greve na próxima terça-feira (15/8). A paralisação foi anunciada nesta quinta-feira (10/8) e será decidida em uma assembleia marcada para a noite de segunda-feira (14/8).
Em comunicado, o sindicato afirma que, entre os motivos para a paralisação do metrô, estão os planos do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar todas as linhas do metrô.
Outro motivo para a greve seria um estudo que Tarcísio teria pedido, em abril, para conceder as linhas restantes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) à iniciativa privada, segundo o Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Os metroviários são contra a privatização da CPTM.
O sindicato também é contra uma a terceirização na manutenção da linha 15-prata, o monotrilho da zona leste.
“Tarcísio quer entregar a manutenção da Linha 15 para empresários. Isso é uma aventura, uma irresponsabilidade. Um serviço tão importante não pode ficar nas mãos de empresas que só visam o lucro. Se isso se concretizar, a segurança dos passageiros e funcionários estará em risco”, afirma comunicado no site do sindicato.
O pregão para a contratação da empresa terceirizada está marcado para o dia 28 de agosto.
Os metroviários argumentam ainda que três trabalhadores da Linha 15-Prata e outros funcionários foram demitidos recentemente após testemunharem em processos. O sindicato também aponta o “sucateamento” da empresa, com a falta de funcionários, desvio de função e sobrecarga de trabalho.
Essa é a segunda paralisação anunciada pelos metroviários em menos de dois meses. Em assembleia no dia 12 de junho, durante as negociações para a campanha salarial deste ano, a categoria resolveu suspender a greve marcada para o dia seguinte.
A Secretaria dos Transportes foi procurada pelo Metrópoles, mas até o momento não comentou o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.