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Metralhadoras furtadas do Exército teriam sido deixadas em viatura

Armas furtadas do Arsenal de Guerra do Exército em SP estariam em uma Marruá antes do crime; armamento teria sido utilizado em treinamento

atualizado

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Divulgação/Exército Brasileiro
Militares com roupa camuflada lado a lado segurando metralhadoras antiaérea - Metrópoles
1 de 1 Militares com roupa camuflada lado a lado segurando metralhadoras antiaérea - Metrópoles - Foto: Divulgação/Exército Brasileiro

São Paulo — As 21 metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra do Exército de São Paulo, em Barueri, na semana passada, teriam sido deixadas dentro de uma viatura Agrale Marruá, veículo militar que estava estacionado na garagem do quartel do Comando Militar do Sudeste, antes do crime.

A informação foi confirmada ao Metrópoles por três fontes do Exército e da polícia paulista, sob condição de anonimato. A reportagem questionou o Comando Militar do Sudeste sobre o local onde as armas estavam, mas a corporação limitou-se a dizer que a “investigação segue em curso e está sob sigilo”.

O armamento teria sido utilizado na Operação Agulhas Negras 2023, treinamento realizado na região do Vale do Paraíba, entre os dias 18 e 29 de setembro, para manter o “estado de prontidão” das tropas. Por segurança, as armas e munições ficam armazenadas em um paiol, com acesso controlado.

Como relevado pelo Metrópoles, criminosos ainda não identificados furtaram 13 metralhadoras calibre ponto .50, que podem derrubar aeronaves, e 8 de calibre 7,62, na quarta-feira (11/10). O crime foi confirmado pelo Exército dois dias depois.

Uma metralhadora .50 custa, no Paraguai, cerca de R$ 150 mil. O valor, no mercado clandestino brasileiro, pode dobrar.

Após o furto, 480 militares estão proibidos de sair do quartel em Barueri, na Grande São Paulo, até o término da investigação. Familiares dos soldados reclamam da dificuldade em conseguir informações sobre os parentes aquartelados porque todos os celulares foram apreendidos.

Uma comitiva do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, que fica no Distrito Federal, chegou a São Paulo no fim de semana para apurar o caso. A Polícia Civil, apesar de não ter registrado boletim de ocorrência sobre o furto, dá apoio na apuração do crime.

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Metralhadora  antiaérea apreendido pela Polícia Civil, no interior de SP, em 2018. Mesmo modelo do furtado do Exército
Operação no Complexo da Maré apreende metralhadora
Militares em treinamento
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Derrite prometeu empenho das polícias para recuperar armas levadas do Exérctio

Reprodução/Redes Sociais
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Metralhadora antiaérea apreendido pela Polícia Civil, no interior de SP, em 2018. Mesmo modelo do furtado do Exército

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Operação no Complexo da Maré apreende metralhadora

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Militares em treinamento

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Segundo o Comando Militar do Sudeste, uma inspeção do Arsenal de Guerra feita no dia 10 de outubro verificou uma “discrepância no controle” das 21 metralhadoras, “armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção”.

O Exército informou ainda que instaurou um inquérito para “apurar as circunstâncias do fato” e que “toda tropa está aquartelada de prontidão”, com base em previsões legais, porque os “militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação”.

Maior furto

O furto do Arsenal de Guerra do Exército, em Barueri, é o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009, segundo levantamento do Instituto Sou da Paz.

Até então, o maior furto de armas havia acontecido em março de 2009, início da série histórica do Sou da Paz, quando sete fuzis foram levados do 6º Batalhão de Infantaria Leve, em Caçapava, também em São Paulo. Essas armas foram recuperadas depois.

“Consequências catastróficas”

O secretário da Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, afirmou que as polícias paulistas estão empenhadas para evitar “consequências catastróficas” do furto de 13 armas antiaéreas, levadas do Arsenal de Guerra do Exército.

“Lamento o furto das 13 armas antiaéreas do Arsenal de Guerra do Exército. Nós da segurança de São Paulo não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra segurança da população”, escreveu Derrite no X (ex-Twitter).

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