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Mergulhado em dívidas, Metrô recebe socorro de R$ 70 mi do governo Tarcísio

Metrô de São Paulo teve forte queda de receita na pandemia de Covid-19 e precisa de ajuda financeiro do governo Tarcísio de Freitas

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Governo do Estado de São Paulo
Imagem colorida mostra plataforma do Metrô com trem de portas abertas - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra plataforma do Metrô com trem de portas abertas - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo — O Metrô de São Paulo ainda não conseguiu se recuperar da queda de passageiros causada pela pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2022, e recebeu, pela primeira vez em décadas, um subsídio financeiro do governo do Estado para conseguir manter sua operação.

Entre abril e junho, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) repassou R$ 70 milhões ao Metrô, cuja operação comercial teve início em 1974. O modelo de negócio vigente até aqui previa que a empresa se mantivesse apenas com receitas próprias, como com vendas de bilhetes e de espaço publicitário em trens e estações, sem subsídios do governo.

Segundo relatório da auditoria Mazars, feita sobre o balanço financeiro da companhia de junho, o prejuízo crescente e as dívidas da empresa indicam “a existência de incerteza relevante que pode levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade operacional suportada pelo fluxo de caixa próprio da companhia, podendo levar à dependência recorrente de aportes de subvenção para custeio”.

O Metrô já havia tido prejuízo bilionário nos anos da pandemia, que somou R$ 3,6 bilhões nos anos de 2021 e 2022. Nos seis primeiros meses deste ano, o cenário não se alterou. A empresa já registrou um prejuízo de R$ 650,9 milhões, 3,3% maior do que registrado entre janeiro e junho do ano passado.

Dívidas do Metrô

Antes da ajuda do governo do Estado, a empresa já havia feito movimentos para tentar obter mais recursos de forma independente. No ano passado, o Metrô obteve autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para emitir debêntures (títulos de empréstimos oferecidos ao mercado) e já lançou R$ 400 milhões em papéis do tipo.

Mesmo assim, o passivo circulante (dívidas de curto prazo) somam mais de R$ 1 bilhão, ainda segundo o último relatório financeiro da companhia.

O governo do Estado tem planos de privatizar a companhia, a exemplo do processo em curso na Sabesp. O governador Tarcísio de Freitas anunciou a proposta em abril. Atualmente, o Metrô cuida das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do sistema de trilhos da cidade. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás já foram concedidas à iniciativa privada.

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