metropoles.com

Mercadão de SP tem ratos, mofo e infiltrações; TCM cobra explicação

Tribunal de Contas apresentou, em sessão plenária, denúncias sobre gestão do Mercadão e do Kinjo Yamato, concedidos à iniciativa privada

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação/Mercadão
Vista aérea do Mercadão de São Paulo
1 de 1 Vista aérea do Mercadão de São Paulo - Foto: Divulgação/Mercadão

São Paulo — O Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo denunciou, nessa quarta-feira (20/3), as condições sanitárias e de infraestrutura do Complexo da Cantereira, que engloba o Mercado Municipal de São Paulo, o famoso “Mercadão”, e o Mercado Kinjo Yamato, ambos no centro da capital paulista.

O Ministério Público (MPSP) já havia reaberto, neste mês, o inquérito então arquivado para investigar denúncias feitas recentemente sobre os problemas de infraestrutura do espaço.

Os dois mercados foram concedidos à iniciativa privada em 2021, pelo período de 25 anos. O negócio foi fechado com o consórcio Novo Mercado Municipal pelo valor de  R$ 112 milhões.

Pela concessão, o grupo deveria investir R$ 83,1 milhões em reformas e restauração do espaço.

O TCM apresentou, em sessão plenária nessa quarta-feira (20/3), denúncias sobre a situação do Complexo Cantareira.

Os relatos, apresentados em vídeo, (veja galeria de fotos) apontam má administração, serviços mal executados na pintura interna, com infiltração nas paredes e manchas de mofo. Além disso, comerciantes relataram ao TCM a presença de ratos em setores de frutas e empório.

9 imagens
Improvisação em cartão postal de SP
Mofo no teto do Mercado Municipal
Escadaria quebrada
Andaimes e lixo nos corredores
Obras inacabadas
1 de 9

Teto do Mercadão

Reprodução/TCM-SP
2 de 9

Improvisação em cartão postal de SP

Reprodução/TCM-SP
3 de 9

Mofo no teto do Mercado Municipal

Teto do Mercadão
4 de 9

Escadaria quebrada

Teto do Mercadão
5 de 9

Andaimes e lixo nos corredores

Teto do Mercadão
6 de 9

Obras inacabadas

Teto do Mercadão
7 de 9

Fachada do Mercado Kinjo Yamato

Teto do Mercadão
8 de 9

Fiação exposta no Kinjo Yamato

Teto do Mercadão
9 de 9

Kinjo tem lonas para proteger do sol e chuva

Teto do Mercadão

Nos banheiros, portas pichadas e falta de papel higiênico. Nos períodos de chuvas, ocorrem alagamentos que causam transtornos ao público e faltam geradores para garantir o funcionamento do Mercadão quando há queda de energia.

O Mercado Kinjo Yamato,  localizado em frente ao Mercado Municipal, tem o teto improvisado com lonas. Quando chove, é preciso suspender o atendimento ao público. Há cabos de energia expostos, os banheiros têm descargas e lixeiras quebradas e não há papel higiênico.

Em outubro de 2023, uma vistoria do Tribunal de Contas do Município já havia constatado falhas na execução do contrato e atrasos nas obras de infraestrutura, além da insegurança sobre a capacidade da empresa em administrar o espaço, o que gerou a emissão de um alerta à prefeitura.

O Metrópoles solicitou à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Município de São Paulo (SP Regula) um posicionamento sobre a fiscalização da execução do contrato de concessão. Em nota, a prefeitura de São Paulo afirmou não ter recebido manifestações recentes do Ministério Público.

O texto diz que os mercados “passam por um amplo programa de reformas para recuperar as condições e a relevância histórica”. A SP Regula, com auxílio do Departamento de Patrimônio Histórico e da Secretaria Municipal da Cultura, fiscaliza semanalmente os locais e orienta a concessionária a corrigir eventuais falhas por meio de ofícios e notificações.

A prefeitura ainda afirma que uma reforma na pista da Avenida do Estado, “com interferência pontual na rede de esgotos resultando em transtorno momentâneo com relação às pragas urbanas”.

A reportagem não conseguiu contato com a concessionária Novo Mercado.

Cartão postal

Um dos principais cartões postais de São Paulo, o Mercado Municipal foi inaugurado em 25 de janeiro de 1933, aniversário da capital.

O local tem área de terreno de 22 mil m² e 18,6 mil m² de área construída e oferece boxes, área gourmet, espaços para eventos etc. O imóvel é tombado pelo patrimônio histórico para a preservação da memória em 2004.

Já o Mercado Kinjo Yamato foi inaugurado em 1936, voltado para o abastecimento de hortifrútis e está localizado no centro de São Paulo. Atualmente, funcionam no local atividades como hortifrúti, peixaria, lanchonete, doçaria e floricultura. O imóvel é igualmente tombado.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?