Português suspeito de ajudar em ataques a escolas de SP é apreendido
PF auxiliou na investigação realizada pela polícia portuguesa; suspeito de 17 anos teria ajudado o autor do massacre em Sapopemba, em 2023
atualizado
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São Paulo — A polícia portuguesa apreendeu na última quinta-feira (2/5) um jovem português de 17 anos, suspeito de ter participado do massacre na Escola Estadual de Sapopemba, ocorrido em 2023, na zona leste de São Paulo. Na ocasião, uma adolescente foi morta.
O suspeito criou e gerenciava um grupo em uma rede social chamada Discord. Por meio dela, o detido teria auxiliado o atirador de 16 anos responsável pelo ataque à escola. Segundo apuração do UOL, o suspeito ainda teria dado ajudado, pela internet, em quatro ataques direcionados a escolas brasileiras.
O jovem, que foi preso na região norte de Portugal, responde pelos crimes de homicídio, lesões corporais, abuso sexual infantojuvenil e incitamento ao ódio e à violência.
A unidade de Repressão a Crimes de Ódio da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal auxiliou nas investigações que resultaram na prisão do português.
A polícia portuguesa compartilhará os resultados das investigações com a PF em um “momento oportuno”. A investigação continua em busca de outros envolvidos no âmbito internacional.
Em nota, o Discord afirmou que trabalhou em conjunto com as autoridades policiais no Brasil e em Portugal nas investigações que apreenderam o jovem. A plataforma ainda declarou que têm “políticas rigorosas contra atividades ilegais e compartilhamento de conteúdo prejudicial, incluindo políticas de tolerância zero contra extremismo violento e abuso infantil”.
A empresa ainda destaca que a segurança é uma prioridade e que está comprometida em proporcionar um ambiente seguro e positivo para os seus usuários.
Massacre de Sapopemba
No dia 23 de outubro de 2023, um aluno de 16 anos atacou a Escola Estadual Sapopemba. Durante o ataque, uma aluna de 17 anos foi baleada na cabeça e morreu no local.
Na ocasião, testemunhas afirmaram que o criminoso era alvo de bullying por parte de outros alunos da escola.
À época, o governo de São Paulo lamentou, em nota, o episódio e se solidarizou com as famílias das vítimas. “Neste momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares”, informou.
“Durante o ataque a tiros, três alunos foram atingidos. Uma aluna morreu e outros três feridos estão sendo atendidos no Hospital Geral de Sapopemba. Um deles se machucou ao tentar fugir durante o ataque”, disse o governo.