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“Melzinho do amor”: mulher é detida em SP com estimulante sexual proibido

Vendido clandestinamente para aumentar a libido e “apimentar” a relação sexual, o “melzinho do amor” está na mira da Anvisa

atualizado

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Divulgação/Polícia Civil
imagem colorida de estimulante sexual apreendido pela Polícia Civil de SP
1 de 1 imagem colorida de estimulante sexual apreendido pela Polícia Civil de SP - Foto: Divulgação/Polícia Civil

São Paulo – Uma mulher de 28 anos foi detida pela Polícia Civil em uma estação ferroviária, na Praça do Mauá, em Jundiaí (SP), com 168 sachês do produto conhecido como ‘’melzinho do amor’’.

O estimulante sexual tem venda proibida em todo o território nacional por causar sérios riscos à saúde.

Foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística (IC) para análise do produto. Levada à delegacia, onde prestou depoimento, a mulher foi liberada após pagamento de fiança.

O caso foi registrado na 1° Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, como posse de substâncias nocivas à saúde pública e localização/apreensão de objeto.

Vendido clandestinamente para aumentar a libido e a fertilidade e “apimentar” a relação sexual, o “melzinho do amor” está na mira da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2021. O órgão já emitiu alerta para o consumo das substâncias encontradas no produto.

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Em uma das amostras, foram encontradas a Sildenafila e Tadalafila de forma combinada, o que pode aumentar os riscos à saúde
Embora as embalagens apontem um produto 100% natural, as amostras analisadas contêm os fármacos Sildenafila e Tadalafila, cuja utilização sem prescrição oferece riscos à saúde
Unidades de 'melzinho do amor' apreendidas em Lages (SC)
O “melzinho do amor” tem substâncias como  Sildenafila e Tadalafila, usadas no tratamento da disfunção erétil e podem provocar reações adversas graves, incluindo morte
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Unicamp analisou o "melzinho do amor" e encontrou substâncias que oferecem risco à saúde

Reprodução/Unicamp
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Em uma das amostras, foram encontradas a Sildenafila e Tadalafila de forma combinada, o que pode aumentar os riscos à saúde

Reprodução/Unicamp
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Embora as embalagens apontem um produto 100% natural, as amostras analisadas contêm os fármacos Sildenafila e Tadalafila, cuja utilização sem prescrição oferece riscos à saúde

Reprodução/Unicamp
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Unidades de 'melzinho do amor' apreendidas em Lages (SC)

Reprodução/Prefeitura de Lages
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O “melzinho do amor” tem substâncias como Sildenafila e Tadalafila, usadas no tratamento da disfunção erétil e podem provocar reações adversas graves, incluindo morte

Reprodução

Compostos presentes em remédios para a disfunção erétil e para quadros de pacientes com hipertensão pulmonar, como a Sildenafila e a Tadalafila – do Viagra e do Cialis -, foram descobertos combinados ou não no produto, que varia de acordo com o fabricante.

Para conquistar a clientela, muitos afirmam o sachê caseiro é 100% natural, o que não é verdade.

Ereção persistente

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também já emitiu alerta contra o produto. A instituição, por meio do Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox), realizou a análise de três amostras em 2021.

As embalagens citam ingredientes como café, extrato de caviar, ginseng, maçã, gengibre, canela, mel da Malásia e Tongkat Ali (Eurycoma longifolia). No entanto, em momento algum, fala-se nos princípios ativos Sildenafila e Tadalafila.

De acordo com especialistas, quando um homem que não tem qualquer transtorno faz o uso de produtos com esses componentes, pode gerar um quadro de priapismo – uma ereção persistente e dolorosa.

As consequências podem ser ainda maiores, dependendo da saúde de quem ingere o melzinho: cefaléia, rubor facial, problemas cardiovasculares graves (para quem tem comorbidades) e evolução até para o óbito.

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