Médico morto com tiro na cabeça conhecia região do crime, diz irmã
Polícia apura se o médico Heleno Veggi, de 35 anos, foi vítima do “golpe do amor”, na Brasilândia; ele tinha pacientes na região, diz irmã
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — O médico psiquiatra Heleno Veggi Dumbá, de 35 anos, trabalhava na região onde foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de seu carro, na Brasilândia, zona norte de São Paulo, segundo depoimento da irmã. Uma das linhas de investigação é a de que o médico tenha ido até a Rua Pedro Pomar para um encontro, marcado por meio de um aplicativo de relacionamento. Ninguém foi preso.
“Por enquanto, não tem nada certo [sobre a causa do crime]. O celular dele está com a perícia e vai ser a chave para gente entender o que realmente aconteceu. [A polícia] está nessa linha de raciocínio de que ele pode, sim, ter sido atraído por algum encontro”, disse a irmã de Heleno, Amanda, ao programa Encontro da TV Globo.
No entanto, Amanda ressaltou que o irmão conhecia o local onde três criminosos teriam o abordado. “Era distante da casa dele, mas era uma comunidade em que ele trabalhava. Ele já trabalhou na Brasilândia, tinha paciente lá, então já tinha familiaridade”, afirmou.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o caso é investigado pelo 72° DP (Vila Penteado), com o auxílio da 4° Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (CERCO). “Todas as circunstâncias são apuradas no inquérito policial e a autoridade policial realiza diligências para identificar a autoria e esclarecer o caso”, afirma o texto.
Médico encontrado morto
Policiais militares foram acionados para atender a uma ocorrência de disparo de arma de fogo, por volta de 21h40 da última sexta-feira (29/3). Quando chegaram ao local, segundo registros da Polícia Civil, encontraram o médico já morto, “com a perna esquerda para fora do veículo”. Isso seria um indicativo, de acordo com as investigações, de que ele teria tentando sair do carro, antes de ser ferido a tiros.
Três criminosos teriam abordado o psiquiatra, conforme relatado por testemunhas à polícia, e atiraram ao menos duas vezes contra a vítima, antes de fugir correndo.
O celular da vítima estava no veículo — e foi encaminhado para ser periciado — da mesma forma que documentos e alguns medicamentos. O caso foi registrado como latrocínio (roubo com morte) e é investigado pelo 72º DP (Vila Penteado).
A zona norte paulistana é reduto de quadrilhas especializadas em extorquir dinheiro, por meio de falsos encontros, marcados por app, como já mostrou o Metrópoles.