Médico morto no Rio: velório de diretor do HC é marcado por emoção
Diretor do Hospital das Clínicas da USP, Marcos Corsato, de 62 anos, será enterrado na tarde deste sábado (7/10), na zona sul de São Paulo
atualizado
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São Paulo — O velório do médico Marcos Andrade Corsato, de 62 anos, contou com a presença de familiares, amigos e pacientes na manhã deste sábado (7/10), em cerimônia realizada no Cerimonial Pacaembu, zona oeste de São Paulo.
Corsato foi assassinado a tiros, ao lado de três colegas de profissão, em um quiosque no Rio de Janeiro, na madrugada de quinta-feira (5/10). Dois deles também morreram e um ficou ferido após levar 14 tiros.
A despedida do médico teve uma fila enorme de pessoas chorando e emocionadas, segundo reportagem da TV Globo. Corsato, que faria 63 anos na semana que vem, era diretor do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
O velório durou cerca de quatro horas e foi encerrado às 14h. O corpo será sepultado no Cemitério Congonhas, no Jardim Marajoara, zona sul da capital, conforme a irmã da vítima, Marlise Corsato, confirmou ao Metrópoles. Ela não quis comentar sobre o caso.
Execução
Além de Corsato, os médicos Diego Ralf Bomfim, de 35 anos, irmão da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), e Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, foram executados com ao menos 33 tiros de pistolas calibre 9 milímetros.
A ação criminosa durou cerca de 20 segundos. Dois dos atiradores ainda voltaram ao quiosque, depois que uma das vítimas tentou se abrigar.
O caso ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, próximo a um quiosque na altura do Posto 4. Os criminosos saíram de um carro branco já disparando tiros de pistola contra os médicos. Nada foi levado pelos bandidos.
A principal linha de investigação é que os médicos tenham sido executados por engano. A Polícia Civil do Rio apura se Perseu Almeida foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do homem apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.
Sobrevivente
Único sobrevivente do ataque, o médico paulista Daniel Sonnewend Proença, de 33 anos, passou por cirurgia e foi transferido para um hospital particular, segundo a Secretaria Municipal de Saúde carioca.
Daniel foi alvo de pelo menos três disparos e passou por procedimento cirúrgico no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, antes de ser transferido. O estado de saúde é estável.
Formado em 2016 pela Faculdade de Medicina de Marília, no interior de São Paulo, ele é especialista em cirurgia ortopédica, traumas, reconstrução e alongamento ósseo.