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Médico de SP que defendeu uso da cloroquina para Covid é eleito no CFM

Infectologista Francisco Cardoso defendeu o uso da cloroquina contra a Covid na CPI do Senado em 2021. Ele vai representar SP no CFM

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Jane de Araújo/Agência Senado
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1 de 1 francisco-cardoso - Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

São Paulo — O infectologista Francisco Eduardo Cardoso Alves, que defendeu o uso da cloroquina no tratamento contra a Covid na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado em 2021, foi eleito como representante de São Paulo no Conselho Federal de Medicina (CFM), em votação encerrada na noite dessa quarta-feira (7/8). 

“De todos os remédios testados, o que apresentou inicialmente o melhor desempenho foi a cloroquina e sua prima farmacológica, a hidroxicloroquina”, disse Francisco Cardoso durante sessão em 18 de junho de 2021 na CPI (veja vídeo abaixo). 

A Chapa de Cardoso era autointitulada a “única chapa de direita para o CFM” e teve 37,97% dos votos válidos. O médico Krikor Boyaciyan, da mesma chapa “Força Médica”, será seu suplente. Em segundo lugar, veio a chapa “Consciência CFM”, da pediatra Melissa Palmieri, com 34,13%. 

“Em minha vivência na Covid-19, já atendi a mais de mil casos muito graves com poucos óbitos, graças a Deus. A equipe com a qual trabalhamos em São Paulo já atendeu mais de 4 mil casos, com pouquíssimos desfechos fatais. Nós temos resultados, excelentíssimos senadores, nós temos resultados, não é opiniões, são fatos. Se o remédio funciona, se ele deve ou não ser aplicado de acordo com o caso clínico, dentro da autonomia médica, compete aos médicos a sobre a guarda do CFM e dos conselhos regionais de medicina”, apontou Cardoso na CPI.

“Se nesse momento eu não consigo descrever com precisão seu mecanismo de ação, isso é secundário, que os cientistas pesquisam e publiquem. Nós médicos estamos aqui para atender pessoas e salvar vidas, nada pode nos desviar desse destino”, adicionou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou ainda em 2020 que não há comprovação científica de que a cloroquina seja eficaz no combate ao vírus. A organização também pontuou que o medicamento pode causar efeitos colaterais.

Assistolia fetal

Dentre as quatro chapas que concorreram à representação de São Paulo no CFM, a Força Médica foi a única que defendeu em suas propostas a resolução sobre o fim da assistolia fetal em casos de estupro.

O método consiste na utilização de medicações para interromper os batimentos cardíacos do feto, garantindo com que ele seja retirado do útero sem sinais vitais. O procedimento é recomendado pela OMS quando há necessidade de interromper gestações que tenham avançado mais de 20 semanas.

A chapa teve apoio de Luciano Hang, o fundador da Havan, que divulgou mais de um vídeo endossando Francisco Cardoso nas redes sociais dos então candidatos.

Com participação histórica, mais de 408 mil médicos votaram nessa terça (6/8) e quarta-feira para escolher membros dos Conselhos Regionais de Medicina das 27 unidades da federação. Os eleitos vão ter mandato de 1º de outubro de 2024 a 30 de setembro de 2029.

Veja porcentagem dos votos em SP:

  • Chapa 2: Força Médica, com 37,98%
  • Chapa 3: Consciência CFM, com 34,13%
  • Chapa 1: Por Uma Categoria Médica Mais Forte, com 15,25%
  • Chapa 4: Experiência e Inovação, com 12,64%

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