Mecânico suspeito de estuprar criança de 8 anos “desaparece” em SP
Mecânico de 28 anos sumiu após conversar por mensagens com a mãe; mulher dele soube de estupro dias depois de sumiço de companheiro
atualizado
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São Paulo — O mecânico Adonizedeque Adilson Farias, de 28 anos, “desapareceu” em circunstâncias ainda não esclarecidas, no último dia 26/10 em Santos, no litoral paulista. Nesse mesmo dia, ele teria estuprado a enteada de 8 anos, segundo denúncia feita pela mãe da vítima à Polícia Civil, nove dias depois.
Antes de saber sobre o estupro, relatado pela própria filha, a mulher de 30 anos acreditava que o companheiro havia sido vítima de um suposto sequestro. Ela chegou a registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento, no dia 28 de outubro, no 3º DP de Santos, e o caso começou a ser investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
O caso sofreu uma reviravolta dias depois, após a enteada de Adonizedeque reclamar de dores no abdômen. Ao ser perguntada o que poderia ter as provocado, a criança afirmou que o padrasto havia lhe “beijado a boca” e colocado o órgão sexual dele no dela.
“A menina lhe contou que o seu companheiro desaparecido havia estuprado a sua filha”, afirmou a mulher em depoimento.
A criança acrescentou à mãe ainda ter sofrido ameaças do mecânico. “Se ela contasse o ocorrido, ele mataria a mãe e a menina”, diz outro trecho do depoimento.
O mecânico seguia foragido, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, até a publicação desta reportagem.
Falso desaparecimento de mecânico
O motorista Antônio Adilson Farias, de 50 anos, pai do mecânico, afirmou ao Metrópoles que se deslocou de Santa Catarina, onde mora atualmente, até o litoral paulista, antes de o filho ser denunciado pelo estupro, acreditando que Adonizedeque teria sido sequestrado.
Antônio afirmou que, na ocasião, as versões de sua nora e do irmão dela, com quem o mecânico desaparecido trabalhava, eram divergentes. “Ela me disse que meu filho avisou que iria sair para consertar uma moto e, depois disso, ficou incomunicável e não voltou mais”.
Já o cunhado de Adonizedeque teria afirmado a Antônio ter saído para comprar pão e, ao retornar, ter constatado que o mecânico havia desaparecido.
“Quando ele [cunhado] voltou com o pão, minha neta estava chorando, afirmando que um homem tinha passado de moto e levado o meu filho, avisando que logo voltaria, mas isso não aconteceu”.
As investigações indicam que a criança havia acabado de ser estuprada.
O último áudio trocado entre Adonizeque e a mãe foi às 19h28 do dia 26 de outubro, mesmo dia em que o mecânico desapareceu. Na conversa, ele fala sobre o filho de dois meses, internado por causa de problemas no intestino.
A SSP afirmou, em nota enviada ao Metrópoles, que a polícia aguarda a conclusão de laudos periciais, para verificar as circunstâncias do suposto estupro.
Investigadores da Central de Polícia Judiciária de Santos realizam diligências para localizar o mecânico.
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