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“Me dói a forma como aconteceu”, diz viúvo sobre morte de Zé Celso; vídeo

Marcelo Drummond, marido do dramaturgo, também estava no apartamento no momento do incêndio, ocorrido na manhã de terça-feira em São Paulo

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Marcelo Drummond e Zé Celso - Metrópoles
1 de 1 Marcelo Drummond e Zé Celso - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – O ator Marcelo Drummond, 60 anos, viúvo de Zé Celso Martinez, chegou ao velório do dramaturgo no meio da tarde desta quinta-feira (6/7). Ele lamentou a forma violenta como perdeu o marido. “Me dói mais a forma como aconteceu. Não precisava ser um incêndio, né?”, afirmou.

O corpo do dramaturgo está previsto chegar às 23h no Teatro Oficina, onde será velado até as 9h desta sexta (7). A cerimônia é aberta ao público.

Drummond recebeu alta do Hospital São Paulo nesta quinta. Ele e mais duas pessoas estavam dentro do apartamento que pegou fogo na terça-feira (4), vitimando o criador do Teatro Oficina.

No velório, Drummond contou como aconteceu o incêndio. “Eu acordei com um estrondo. Abri a porta do meu quarto e estava tudo escuro. Eu não sabia se era madrugada ou se já tinha amanhecido”, disse.

Em seguida, ele disse que correu até a cozinha para desligar algum fogo, “achando que alguém tivesse deixado alguma panela ligada”. “Daí eu comecei a ouvir o Vitor Rosa [outro ator que mora no local] falando ‘Vem meu amor, vem.'”

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O artista foi intubado
O marido do diretor, Marcelo Drummond, também ficou ferido
Dramaturgo tinha 86 anos
Zé Celso é um diretor, ator, dramaturgo e encenador brasileiro
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O artista foi intubado

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O marido do diretor, Marcelo Drummond, também ficou ferido

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Dramaturgo tinha 86 anos

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O apartamento do diretor foi interditado

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“Aí eu invadi. Porque são dois apartamentos que a gente mora. E eu invadi o outro apartamento e, quando entrei, o Vitor estava puxando o Zé, que estava com uma mobilidade difícil”, disse.

Marcelo afirma que ajudou a puxar o companheiro e depois chegou a desmaiar por causa da fumaça. Quando acordou, outro vizinho estava ajudando o dramaturgo.

“O Zé falava abre a janela, abre a janela. Eu falei ‘já tá aberta’. Segurei as duas mãos dele e ele botou a perna em cima de mim. Parecia que a gente tinha acabado de trepar”. Aquele foi o último momento dos dois juntos antes que os bombeiros chegassem e fizessem o resgate.

Zé Celso teve 53% do corpo queimado e foi levado para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele morreu na manhã desta quinta-feira (6/7).

“Foi uma tragédia. Mas lembrando que o Zé é vida. O Zé ensinou isso para a gente. Ele ensinou que tem que ter vida o tempo inteiro”, disse Drummond.

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