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Marido de Marta cita reeleição de Lula para justificar saída a Nunes

Empresário Márcio Toledo, marido de Marta Suplicy, participou de reunião que selou a saída dela da gestão do prefeito Ricardo Nunes

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Imagem colorida mostra Rui Falcão, Lula, Marta e Márcio Toledo, sorrindo em uma foto posada, com lula de mãos dadas para marta, todos olhando para a Câmara, no Palácio do Planalto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Rui Falcão, Lula, Marta e Márcio Toledo, sorrindo em uma foto posada, com lula de mãos dadas para marta, todos olhando para a Câmara, no Palácio do Planalto - Metrópoles - Foto: Reprodução/X

São Paulo – Durante a reunião que definiu a saída de Marta Suplicy da gestão Ricardo Nunes (MDB), nessa terça-feira (9/1), o empresário Márcio Toledo, marido da ex-prefeita, citou o plano de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 como um dos motivos que a fez aceitar o convite para retornar ao PT e ser vice na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSol), principal adversário de Nunes.

Na conversa, que durou cerca de duas horas, Márcio e Marta manifestaram preocupação com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à campanha de Ricardo Nunes pela reeleição e disseram que não seria possível se manter do mesmo lado do prefeito nestas circunstâncias. O nome de Bolsonaro, contudo, não foi mencionado na reunião, apenas o “campo” político representado por ele.

O Metrópoles apurou que o marido de Marta enfatizou a Nunes que é preciso garantir que esse “campo” bolsonarista não saia vitorioso na cidade São Paulo, maior colégio eleitoral do país, porque atrapalharia o projeto de reeleição de Lula em 2026.

Nunes, que não concorda com o argumento, rebateu a afirmação, segundo apurou a reportagem. Disse que a eleição municipal envolve o debate sobre questões relacionadas à cidade, como problemas de zeladoria urbana, e não aspectos ideológicos mais amplos, que marcam a polarização no país.

Na conversa, Nunes ressaltou que tanto ex-presidente Fernando Henrique Cardoso quanto o próprio Lula venceram eleições nacionais sem ter aliados na Prefeitura paulistana. Em 2006, por exemplo, Lula foi reeleito sem ter recebido a maioria dos votos na capital paulista, comandada naquele ano por José Serra e seu sucessor Gilberto Kassab.

A conversa ocorreu no gabinete de Nunes, no quinto andar do Edifício Matarazzo, no Viaduto do Chá, centro da cidade. Além de Marta, Nunes e Toledo, o encontro teve participação do secretário de Governo, Edson Aparecido.

Embora Nunes tenha se sentido traído por Marta, o clima da conversa foi ameno, segundo interlocutores. Ambos trocaram afagos, e o prefeito disse que tanto ele como sua mulher, Regina, tinham apreço por Marta. A ex-prefeita devolveu a gentileza também ressaltando a admiração pelo casal. No fim, ambos concordaram em divulgar que a saída de Marta da Prefeitura seria em “comum acordo”.

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