Maré Vermelha: SP libera comércio de moluscos após nova análise
Governo de São Paulo reverteu suspensão de retiradas de moluscos para comércio em áreas de São Sebastião, Ilhabela e Cananeia
atualizado
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São Paulo — O governo de São Paulo liberou, nessa segunda-feira (19/8), o comércio e o consumo de moluscos bivalves, como mariscos, mexilhões, ostras e vieiras, em algumas áreas do litoral paulista.
No dia 9 de agosto, o governo havia recomendado a suspensão do consumo devido à contaminação por microalgas em níveis potencialmente tóxicos em parte do litoral. Quatro dias depois, no dia 13, a venda dos moluscos foi proibida.
O anúncio da liberação foi feito pelo grupo intersecretarial formado pelas secretarias de Agricultura e Abastecimento (SAA), Saúde e Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
A proibição da venda foi revertida após análise de resultados dos materiais obtidos em coletas feitas nos dias 13 e 14 de agosto. A liberação de consumo e comércio vale para os cultivos de Cigarras, em São Sebastião, Itapema, em Ilhabela, e Itapitangui e Porto Cubatão, em Cananeia.
A suspensão segue nas praias de Toque Toque, em São Sebastião, Cocanha, em Caraguatatuba, e Mandira, em Cananeia.
O governo reitera que “novas coletas serão realizadas a fim de alcançar o monitoramento de todas as áreas de cultivo do litoral paulista”.
Contaminação por microalgas
O estado de alerta emitido pelo governo se deu após ocorrência de altas concentrações da microalga Dinophysis acuminata. Esse microrganismo produz as toxinas que causam o fenômeno ambiental conhecido como Maré Vermelha.
A ingestão dessas microalgas pode causar problemas intestinais graves, como diarreias. Além dos danos para as pessoas, a proliferação dessas microalgas reduz a quantidade de oxigênio na água e pode levar à morte de peixes.