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Maré Vermelha: litoral de SP emite alerta para microalgas tóxicas

Microalgas produzem toxinas que causam a Maré Vermelha. Consumo de moluscos contaminados pode causar problemas intestinais graves

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Cetesb/Divulgação
Imagem colorida da Maré vermelha do mar de Pernambuco
1 de 1 Imagem colorida da Maré vermelha do mar de Pernambuco - Foto: Cetesb/Divulgação

São Paulo — O governo de São Paulo declarou estado de alerta para a ocorrência de contaminação por microalgas em níveis potencialmente tóxicos nas praias de Cananéia, Peruíbe, Praia Grande e São Sebastião, no litoral paulista. As algas podem contaminar moluscos e o governo pede que o consumo desses alimentos seja evitado.

No  Diário Oficial de sexta-feira (9/8), técnicos do governo do estado relataram que foram detectadas altas concentrações da microalga  Dinophysis acuminata no litoral.

Esse microrganismo produz toxinas causadoras do fenômeno ambiental conhecido como Maré Vermelha. Sua ingestão pode causar problemas intestinais graves, como diarreias. Além dos danos para as pessoas, a proliferação dessas microalgas reduz a quantidade de oxigênio na água e pode levar à morte de peixes.

Desde que as microalgas foram detectadas, o governo criou um plano de contingência para monitorar a contaminação na região, que é acompanhado pelas Secretarias de Estado da Saúde (SES), de Agricultura e Abastecimento (SAA) e de Meio Ambiente (Semil).

Entre esta terça e quarta-feira (13 e 14/8), equipes da Coordenadoria de Defesa Agropecuária realizarão coletas de amostras marinhas no litoral do estado para averiguar se a toxina produzida pela microalga está acima dos limites máximos nas ostras, mexilhões, vieiras e berbigões.

Segundo a Secretaria do Estado da Saúde (SES), nenhuma contaminação foi registrada até o momento.

Casos em Pernambuco

Em fevereiro deste ano, o estado de Pernambuco registrou 278 casos de intoxicação pelas toxinas da microalga Dinophysis acuminata. Na ocasião, cerca de 200 pescadores apresentaram os sintomas da intoxicação, como enjoo, diarreia, irritação, secura nos olhos e falta de ar.

Popularmente conhecido como “tingui” ou “febre de tamandaré” na região, o fenômeno foi considerado mais forte em 2024 do que em anteriores pelos moradores da região.

Segundo o governo de Pernambuco, as microalgas que causam a Maré Vermelha possuem um ciclo de floração que se prolifera com o aumento das temperaturas das águas, sobretudo no verão. Além dos fatores climáticos, as microalgas podem aparecer devido ao despejo de matéria orgânica nos mares, como esgoto.

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