Marçal usa processo de homônimo de Boulos para embasar ataque a rival
Dossiê que candidato do PRTB, Pablo Marçal, promete apresentar para “provar” que Guilherme Boulos usa drogas tem processo de homônimo
atualizado
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São Paulo — O dossiê que o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, promete apresentar contra o deputado Guilherme Boulos (PSol), para tentar associar o adversário ao uso de cocaína, contém um processo por “posse de drogas para consumo pessoal” contra um homônimo do psolista.
A informação foi publicada nesta quarta-feira (28/8) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Desde o início oficial da campanha, Marçal tem acusado Boulos de ser usuário de cocaína sem apresentar nenhuma prova, chamando o candidato do Psol de “aspirador de pó”. A Justiça Eleitoral já determinou, inclusive, que o influenciador removesse de suas redes sociais vídeos em que faz a acusação.
Segundo o jornal, o dossiê preparado pela campanha de Marçal é uma lista de processos judiciais buscados na Justiça apenas com o filtro das palavras-chave “Guilherme” e “Boulos”, e não pelo CPF, por exemplo. O resultado disso é uma listagem sem detalhamento, incluindo uma série de ações de reintegração de posse envolvendo o nome de Boulos.
Quem responde ao processo por “posse de drogas para consumo pessoal” que aparece no documento não é Guilherme Castro Boulos, candidato do PSol à Prefeitura da capital, e sim Guilherme Bardauil Boulos, um empresário que hoje, coincidentemente, disputa uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo Solidariedade.
Procurada, a assessoria de Marçal não se manifestou sobre o dossiê, nem informou o número do suposto processo contra Guilherme Boulos.
Guilherme Bardauil Boulos disse à reportagem que o caso envolveu maconha, e não cocaína.
“Houve esse incidente quando eu tinha 21 anos e foi um ato imprudente que ocorreu na minha juventude na época de faculdade. Mas isso é coisa do passado, que aconteceu há 23 anos”, escreveu ele por mensagem.