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Sob desconfiança, Marçal se lança como opção legítima do bolsonarismo

Pablo Marçal (PRTB) se coloca como ativo do bolsonarismo ao oficializar sua candidatura à Prefeitura de SP neste domingo (4/8)

atualizado

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Pablo Marçal
1 de 1 Pablo Marçal - Foto: Reprodução

São Paulo – Em meio a desconfianças de adversários e até de dentro do próprio partido, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) lança neste domingo (4/8) sua candidatura a prefeito da capital paulista. O anúncio será em uma arena tecnológica na Mooca, bairro da zona leste da cidade, em local que espelha os ares futuristas das propostas apresentadas pelo empresário.

Marçal já propôs instalar teleféricos interligando bairros da periferia e utilizar drones com alto-falante e visão especial para melhorar a segurança pública. Em entrevistas, se apresenta como um bolsonarista legítimo e tenta colar ao prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição e apoiado por Jair Bolsonaro, a imagem de “esquerdista”.

O influenciador mira o eleitorado bolsonarista que não quer votar em Nunes e já disse, mais de uma vez, que decidiu concorrer à Prefeitura por falta de uma candidatura da direita conservadora na disputa.

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Pablo Marçal discursa no palanque de Tarcísio de Freitas em 2022
João Doria e Pablo Marçal
O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) anuncia Pablo Marçal na Câmara dos Deputados
Embora sejam adversários na disputa eleitoral em SP, Pablo Marçal e Marina Helena (Novo) já fizeram algumas dobradinhas em debates
Marçal junto do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS)
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Pablo Marçal ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro

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Pablo Marçal discursa no palanque de Tarcísio de Freitas em 2022

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João Doria e Pablo Marçal

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O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) anuncia Pablo Marçal na Câmara dos Deputados

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Embora sejam adversários na disputa eleitoral em SP, Pablo Marçal e Marina Helena (Novo) já fizeram algumas dobradinhas em debates

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Marçal junto do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS)

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A deputada estadual bolsonarista Dani Alonso (PL-SP) se diz amiga de Pablo Marçal

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Pablo Marçal conversa com o senador Sergio Moro

Igor Gadelha/Metropoles

Ressalvas a Marçal

No entanto, a candidatura de Marçal é vista com ressalvas pelos adversários, mesmo com os bons resultados que ele vem demonstrando nas pesquisas eleitorais.

Uma das descrenças diz respeito ao perfil apresentado ao eleitorado, o de um empresário que busca levar a experiência da iniciativa privada para a gestão pública, mesma tática utilizada por João Doria quando se candidatou à Prefeitura da cidade em 2016.

Embora use a figura do ex-tucano, que é desafeto de Bolsonaro, para tentar afastar o ex-presidente de Nunes, Marçal apresenta diversas semelhanças com o Doria que se lançou a prefeito há oito anos: é midiático, tem domínio da linguagem das redes sociais e se coloca como um outsider na política.

O ex-coach também chamou para coordenar o seu plano de governo Filipe Sabará, um dos antigos aliados de Doria e secretário de Assistência Social na gestão do ex-tucano na Prefeitura.

Enquanto Doria foi apadrinhado no PSDB pelo ex-governador Geraldo Alckmin, que auxiliou em sua campanha para prefeito, Marçal entra isolado na disputa. Esse é um dos motivos de desconfiança dos adversários.

Mesmo com acenos ao União Brasil, um dos principais partidos da coligação de Nunes, e ao PSDB, que lançou o apresentador José Luiz Datena à Prefeitura, a campanha do PRTB deve anunciar uma chapa puro-sangue.

O nome mais cotado para ser o vice de Marçal é Levy Fidelix Filho, um dos filhos do folclórico político que fundou o PRTB, Levy Fidelix (morto em 2021). A proximidade com Levy Filho, anunciada por Marçal como um trunfo, é também vista com ressalvas não só por adversários, mas também por correligionários.

Racha no PRTB

Desde que Levy Fidelix morreu, há três anos, existe uma disputa interna pelo comando do PRTB, especialmente por parte dos herdeiros do cacique.

O clã Fidelix se desmembrou e transformou o espólio do partido em disputa familiar, com alguns filhos – Levy Filho entre eles – apoiando o comando de Leonardo Avalanche, presidente nacional do PRTB. Outro grupo, que inclui a viúva de Levy, Aldinéia, se opõe à liderança de Avalanche e, por consequência, à candidatura de Marçal, que foi orquestrada pelo presidente da sigla.

Há mais de uma ação judicial contestando a legitimidade da ala do PRTB que apoia a candidatura de Marçal. Nos documentos, há acusações de arbitrariedade por parte de Avalanche nas decisões do partido e até mesmo de ligação do dirigente com o crime organizado.

Tanto para os opositores no PRTB quanto para os adversários do empresário, uma decisão favorável ao grupo contrário a Avalanche pode colocar em risco a candidatura de Marçal – que pode até ser anulada, se a Justiça determinar. Isso faz com que a campanha ainda seja vista com ceticismo pelas equipes dos principais candidatos à Prefeitura da capital paulista.

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