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Efeito Marçal: Nunes deve ceder e aceitar coronel bolsonarista de vice

Defesa pública de Tarcísio pela escolha do coronel Mello Araújo, indicado de Bolsonaro para a vice de Nunes, pressiona prefeito de SP

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Montagem do prefeito Ricardo Nunes e do coronel Ricardo Mello Araújo - Metrópoles
1 de 1 Montagem do prefeito Ricardo Nunes e do coronel Ricardo Mello Araújo - Metrópoles - Foto: Arte Metrópoles

São Paulo – O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), está sendo aconselhado por seus aliados mais próximos a atender à indicação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e convidar oficialmente Ricardo Mello Araújo (PL), coronel da reserva da Polícia Militar (PM), para o posto de vice em sua chapa pela reeleição neste ano.

Tarcísio passou a defender a indicação do Coronel Mello, como ele é conhecido, após a entrada do coach e influencer  Pablo Marçal (PRTB) na disputa. Mello é o nome preferido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua base na Assembleia Legislativa (Alesp) e no Congresso Nacional.

Embora Nunes resistisse a ter o bolsonarista como o seu vice e tenha dito que não aceitaria imposições, a defesa de Tarcísio ao coronel da reserva, que foi comandante da Rota, a tropa de elite da PM, e presidente da Ceagesp no governo Bolsonaro, deixou o prefeito sem contra-argumento.

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Nunes posa para foto com cozinheira
Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura
Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite
Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde
Nunes durante visita à represa Billings
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Nunes dá a mão a funcionária pública no centro

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Nunes posa para foto com cozinheira

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Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura

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Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite

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Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde

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Nunes durante visita à represa Billings

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Nunes olha para planta de obra pública

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Segundo aliados do prefeito, o entendimento é que ter Mello na chapa poderia conter uma eventual migração de votos de eleitores de direita de Nunes para Marçal, que tem aparecido entre terceiro e quarto lugar nas pesquisas e buscado o apoio de bolsonaristas na capital paulista.

O fato de Tarcísio já ter feito a indicação de forma pública, com todo o peso de ser o governador do Estado, é avaliado pelo entorno do prefeito como outro motivo para tornar a indicação irrecusável — Nunes tem defendido que a escolha seja consensual entre os cerca de dez partidos que devem compor a coligação.

Segundo auxiliares, na noite de segunda-feira (10/6), em um jantar oferecido em homenagem ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Tarcísio reiterou a indicação de Mello ao ex-governador Rodrigo Garcia (sem partido), coordenador do programa de governo de Nunes, que estava entre os convidados.

Tarcísio, ainda de acordo com auxiliares, quer que a definição ocorra o quanto antes, entre outros motivos, para já trabalhar o nome do coronel nas redes sociais bolsonaristas, dando mais tempo para que a candidatura cresça antes da campanha oficial começar, em 16 de agosto, e impedindo o engajamento do bolsonarismo no projeto de Marçal.

Resistência de Nunes

O próprio prefeito fez leitura de que Pablo Marçal poderia lhe tirar votos na disputa, em especial do eleitorado mais à direita, após o coach e influencer pontuar bem nos levantamentos de intenções de votos mais recentes, como Paraná Pesquisas, Datafolha e Atlas.

Contudo, Nunes recebeu nessa terça (11/6) dados de uma pesquisa interna feita pelo União Brasil que indica que Marçal já teria perdido força, após estrear como “novidade” no jogo eleitoral, no mês passado.

Por isso, ele ainda avalia que o cenário é instável, e tenta adiar ao máximo a escolha do vice, apesar do entendimento de seus aliados de que a pressão de Bolsonaro e Tarcísio deixam a definição cada vez mais iminente. O nome preferido do prefeito era o do ex-ministro e atual secretário municipal de Relações Internacionais, Aldo Rebelo, que não quis concorrer.

Uma das preocupações de Nunes é encontrar a melhor forma de comunicar a decisão às demais legendas que farão parte de sua campanha — além do PL de Mello, do Republicanos de Tarcísio e seu próprio partido, o MDB, sua coligação inclui PP, Podemos, União, PSD, Avante e Solidariedade.

Ao falar publicamente sobre o assunto nessa terça, o prefeito voltar a defender a construção de um nome de consenso com todas essas legendas, posição que vem sustentando desde o começo do ano.

Nunes tem até o dia 6 de julho para inaugurar obras públicas antes de ser proibido de participar desse tipo de evento por determinação da Justiça Eleitoral. Seus aliados acreditam que o prefeito tentará esperar até esta data para confirmar a indicação do Coronel Mello.

Nunes e Datena

Em meio a pressão para que Nunes cedesse ao nome de Mello, a pré-campanha do prefeito manteve conversas com o PSDB sobre a eventual possibilidade de aceitar o apresentador José Luiz Datena como o seu vice. As negociações não avançaram.

Crítico da gestão Nunes, Datena deve ser anunciado nesta quinta-feira (13/6) como pré-candidato a prefeito pelo PSDB. Antes, ele havia sido cotado como possível vice da deputada federal Tabata Amaral (PSB) — o apresentador chegou a se filiar ao PSB no fim do ano passado.

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