Marçal evita criticar Moraes e diz ser difícil derrotar Lula em 2026
Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, disse que, se houver exagero de Moraes, deve ser analisado pelo Senado
atualizado
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São Paulo — O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, evitou criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), quando questionado sobre a decisão que suspendeu a rede social X no país durante o programa Roda Vida, da TV Cultura, nesta segunda-feira (2/9), e disse ser “difícil qualquer pessoa no Brasil hoje vencer o presidente Lula” na eleição de 2026.
Marçal comparou a suspensão do antigo Twitter, mantida por unanimidade pelos ministros da Primeira Turma do STF, à derrubada das redes dele determinada pela Justiça Eleitoral por suspeita de abuso de poder econômico com suposto financiamento ilegal de edição e disseminação de vídeos.
“É a mesma sensação que eu tô sentindo com as minhas redes. Agora, o Brasil inteiro tá sentindo o que eu tô sentindo”, disse Marçal no Rodo Viva, que contou a participação do jornalista Bruno Ribeiro, do Metrópoles. “Sobre o Alexandre de Moraes, qualquer exagero que tiver da parte dele que o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] entre em ação e ele responda por tudo. Que seja o Senado”, completou.
Nas últimas semanas, Pablo Marçal foi cobrado por apoiadores e pelos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se posicionar de maneira clara sobre Moraes. O influenciador já disse ser contra o impeachment do ministro do STF porque, segundo ele, isso abriria uma vaga na Corte para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicasse um ministro de esquerda.
Marçal, que chegou a ser chamado de “sem caráter” por Bolsonaro, no último dia 24/8, disse que os ataques pararam porque o ex-presidente teria percebido que prejuízos à sua imagem. “Você pode perceber que depois que eu conversei com todos os cenários não tem ninguém me atacando, porque estava tendo um prejuízo para a figura do Bolsonaro e do movimento de direita”, afirmou Marçal.
O candidato do PRTB afirmou que as provocações ao vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, foram uma estratégia para “acender” o bolsonarismo. Marçal chamou diversas vezes Carlos de “retardado” antes de ambos selarem as pazes na semana passada.
Eleição presidencial em 2026
Questionado sobre a possibilidade de abandonar a Prefeitura de São Paulo para se candidatar à Presidência da República em 2026, Marçal não respondeu de forma clara, limitando-se a dizer que será “difícil” derrotar Lula caso o petista dispute a reeleição e esteja com saúde.
“É difícil qualquer pessoa no Brasil hoje vencer o presidente Lula. Ele sem a máquina na mão, venceu o presidente Bolsonaro com a máquina na mão. A não ser que ele tenha o comportamento do [presidente dos EUA, Joe] Biden, em razão do envelhecimento, e que o governador Tarcísio parta para a reeleição, para continuar o que ele vem fazendo muito bem. E eu vou cumprir isso, se precisar e se o povo estiver comigo, porque está assustador”, disse.
“Ninguém ganha dele, nem com a máquina na mão. Se o senhor [Lula] estiver bem emocionalmente, duvido que alguém ganha do senhor”, completou.