Marçal diz que suas propostas são “sonhos” e podem não ser cumpridas
Candidato do PRTB, Pablo Marçal, afirmou que seria impossível cumprir partes de suas propostas em quatro anos
atualizado
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São Paulo — O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal disse nesta quarta-feira (4/9) que as propostas em seu plano de governo são “sonhos para a cidade”, que ainda não necessariamente tiveram a viabilidade analisada. Em sabatina no UOL, o influencer admitiu que seria impossível triplicar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em quatro anos, como promete no seu plano de governo.
“O que eu tô mostrando no plano, é que a gente precisa chegar nesse número. A viabilidade disso vem no 6 de outubro. Desafio todo mundo a pegar esse plano de governo, leia os dez planos para você entender. São sonhos para a cidade. Depois vai para a viabilidade técnica, e depois vai para prioridade”, afirmou Marçal.
Atualmente, a GCM conta com 7 mil homens. O candidato do PRTB promete elevar o número para 21 mil. Questionado durante a sabatina, ele disse que o custo para realizar o aumento do efetivo seria de R$ 100 milhões.
Confrontado com a informação de que a folha anual de pagamento da GCM é de R$ 700 milhões, o candidato do PRTB disse que, na verdade, os R$ 100 milhões seriam para uma primeira etapa do aumento do efetivo, sem dar detalhes sobre quantos guardas seriam contratados.
“Não vai fazer em quatro anos. O problema é que todo mundo quer fazer alguma coisa em quatro anos, vai embora, e o outro larga. Isso é uma política institucional. A cidade de São Paulo pode chegar até a 24 mil. Eu propus 21 mil. A cidade do Rio de Janeiro, que é muito mais violenta, tem muito mais guardas municipais per capita”, disse o candidato.
“Tá correta a sua conta, só que a gente vai começar com esses R$ 100 milhões, que é o que o orçamento aguenta. Se não houver economia, se a gente não tirar o dinheiro de onde a gente precisa tirar, a gente não vai chegar nisso”, acrescentou.
O candidato disse que ainda não sabe como a proposta seria custeada, mas disse que uma opção seria usar o subsídio às empresas de ônibus.
“Por exemplo, se a gente coloca nos empregos, que é o que a gente vai fazer, um subsídio de R$ 7 bilhões que está ali no transporte coletivo, eu consigo carregar ele e cumprir essa promessa”, disse.