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Marçal diz que ele e Boulos vão substituir polarização Bolsonaro-Lula

Candidato derrotado do PRTB à prefeitura, Pablo Marçal afirmou que deve enfrentar Guilherme Boulos em eleições pelos próximos 30 anos

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Pablo Marçal
1 de 1 Pablo Marçal - Foto: Reprodução

São Paulo — O influenciador Pablo Marçal (PRTB), derrotado na disputa à prefeitura da capital, disse nesta sexta-feira (25/10) que vai substituir, ao lado de Guilherme Boulos (Psol), a polarização entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A declaração de Marçal foi dada enquanto entrevistava Boulos em uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube.

“Assim como tem Lula e Bolsonaro, vai ter Guilherme e Pablo nos próximos 30 anos”, disse o influenciador.

“Você imagina por 30 anos esse debate aí. O Lula chegou no final, Bolsonaro não chegou no final, mas está inelegível. Você já pensou em disputar eleição de governo, de Presidência da República, com um cara de direita que vai te atormentar a vida pelos próximos 30 anos?”, questionou Marçal.

Boulos respondeu dizendo que não escolhe adversários e que está preparado para debater com qualquer um.

“Aqui tem uma expressão que a gente usa em São Paulo que é uma expressão de nordestino. Minha mãe é paraibana e ela me ensinou desde pequeno. Eu não sou filho de pai assustado. Adversário a gente não escolhe, na campanha, na vida. Aparece e a gente tem que estar preparado para fazer um debate qualificado com qualquer adversário.”

Laudo médico falso

Pablo Marçal e Guilherme Boulos começaram a sabatina sem mencionar o laudo médico falso divulgado pelo influenciador para acusar o adversário de ser usuário de cocaína. Boulos disse que não se move por “mágoas” ou “ressentimentos” e que seu propósito é servir o povo.

“Marçal, primeiro eu queria dizer, para quem está assistindo a gente, que eu vim aqui, topei esse seu convite, porque eu não fujo e nem nunca fugi de nenhum embate”, disse o psolista ao responder à primeira pergunta feita por Marçal.

Boulos mencionou genericamente “ataques” feitos pelo adversário, sem citar casos específicos. O documento também foi ignorado por Marçal na sabatina.

“Inclusive, teve apoiadores meus que aconselharam: ‘Não vá porque vai ser cilada’, como eu vi que teve apoiadores seus que também te criticaram por isso. O que a gente tem que ter em mente é que eu, se fosse levar pelo [lado] pessoal, seria a última pessoa a topar esse convite, até pelos ataques que sofri da tua candidatura no primeiro turno. Mas eu não me movo por mágoa, por ressentimento. Eu me movo por propósito, que é fazer a vida das pessoas melhor”, complementou.

O documento falso, divulgado por Marçal dois dias antes da eleição, tinha uma assinatura falsa de um médico que já morreu e o timbre de uma clínica de um aliado do influenciador.

Perícias do Instituto de Criminalística de São Paulo e da Polícia Federal confirmaram que o laudo era falso. Aliados de Pablo Marçal atribuem a derrota dele no primeiro turno do pleito à divulgação do laudo médico falso.

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