Marçal chama de “bandidos” aliados do PRTB suspeitos de elo com o PCC
Questionado sobre dirigentes do PRTB acusados de envolvimento com o PCC, Pablo Marçal afirmou que partido “é o que mais atrapalha”
atualizado
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São Paulo — O candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, chamou de “bandidos” os integrantes do seu partido suspeitos de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em sabatina na TV Record, nesta sexta-feira (23/8), o influenciador disse que “partido é aquela coisa que mais atrapalha” e que, se pudesse, se candidataria sem partido.
Áudios divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo mostram o presidente nacional do PRTB, Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Avalanche (à direita na foto em destaque), dizendo que mantém relações com integrantes do PCC.
Além dele, outras lideranças da legenda, em diferentes esferas, têm suspeitas de envolvimento com a facção paulista, como Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB.
“Como eu já fui investigado, fiquem à vontade. Pau nesses bandidos”, disse Marçal ao ser questionado sobre o tema. “Todos do meu partido que tiverem qualquer ligação com quem quer que seja, pau nesses bandidos”, complementou.
O candidato do PRTB afirma que seus adversários estão tentando associá-lo ao crime organizado para tentar estancar seu crescimento nas pesquisas.
“Todo mundo quer me associar com qualquer tipo de coisa. Não me curvo para bandido, para crime. Cada um que se lasque”, disse.
“Eu sonho é com o Brasil, meu partido é o Brasil. Eu sonho com o brasileiro podendo se candidatar sem partido político. O PCC está infiltrado em quase tudo. Eles fizeram virar uma megaoperação de empreendedorismo. Eu não tenho nada com esses caras.”
Durante a sabatina, Marçal prometeu acabar com a presença do PCC nas favelas e disse que “essa é a última geração do crime”.
Na última quarta-feira (21/8), o candidato do PRTB havia dito, em conversa com jornalistas, que acreditava na versão de Leonardo Avalanche de que os áudios divulgados pela Folha eram falsos.
“Ele garantiu para mim, com a boca dele, que aquilo ali é montagem e que vai até o fim. Eu estudei direito cinco anos e aprendi uma coisa: direito ao contraditório e ampla defesa. Acreditamos em Deus, os demais tragam-me dados. Você está de brincadeira que eu vou falar que isso é certificado se eu não sou nem perito. Se tem envolvimento, que responda”, disse Marçal.
O Metrópoles questionou o presidente do PRTB sobre a fala de Marçal desta sexta-feira (23/8), mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.