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Mandante de crime contra Vitória Gabrielly é condenado a 36 anos

Odilan Alves Sobrinho foi apontado como suposto mandante do sequestro que culminou na morte da adolescente em 2018

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1 de 1 imagem colorida mostra criança com mãos na cintura. menina usa blusa branca com desenho, tem cabelo liso e castanho, e sorri para a foto - metrópoles - Foto: Reprodução / Redes sociais

São Paulo – O homem acusado de ser o mandante do sequestro da menina Vitória Gabrielly, morta aos 12 anos, em Araçariguama, no interior de São Paulo, em 2018, foi condenado a 36 anos e 3 meses de prisão pelo crime. A sentença foi proferida pelo juiz Flávio Roberto de Carvalho, da 1ª Vara de São Roque.

Odilan Alves Sobrinho, que já estava preso, deverá cumprir a pena inicialmente em regime fechado. O julgamento do réu aconteceu na última quarta-feira (20/3).

Em entrevista a jornalistas em frente ao Fórum de São Roque, o promotor do caso, Renato Augusto Valadão, afirmou que o Conselho de Sentença julgou procedente todas as qualificadoras que o Ministério Público articulou na denúncia.

“São as qualificadoras do motivo torpe, do recurso que dificultou a defesa da vítima, do meio cruel, porque a Vitória foi asfixiada, e também um crime cometido para ocultar um crime anterior, que foi o sequestro ao qual ela foi submetida”, disse o promotor. Segundo o portal G1, o réu foi condenado por homicídio e sequestro. Ainda cabe recurso.

Ao deixar o Fórum, Odilan afirmou que era inocente. Em entrevista à TV Tem, o advogado dele, Airton Bicudo, disse que o cliente foi condenado por causa da comoção popular que o caso gerou.

“Não há uma prova que ligue Odilan aos três matadores”, afirmou o advogado.

Relembre o caso

A adolescente Vitória Gabrielly foi assassinada em 2018, aos 12 anos. O corpo dela foi encontrado em um matagal, dias após a garota desaparecer ao sair para andar de patins.

Na época do desaparecimento, a Polícia apurou que Vitória teria sido sequestrada por engano, em meio a uma cobrança por uma dívida de drogas. Segundo as investigações do caso, a adolescente foi assassinada quando os criminosos perceberam que estavam com a pessoa errada. O caso ganhou repercussão nacional.

Além de Odilan, outras três pessoas já tinham sido julgadas por envolvimento no crime: o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes, e o servente Júlio César Ergesse.

Caso estivesse viva, a adolescente completaria 18 anos nesta sexta-feira (22/3). Nas redes sociais, o pai da menina, Beto Vaz, divulgou uma imagem feita a partir de inteligência artificial e que mostra como poderia estar a aparência dela atualmente.

“Teria sido esta a sua fisionomia, passados 6 anos da sua partida filha? Qual seria a cor dos seus cabelos? Uma certeza nós temos. Nenhuma inteligência artificial seria capaz de reproduzir o que você teria visto da vida, ou vivido durante sua mocidade ao completar 18 anos de vida”, escreveu o pai.

“Parabéns meu amor, feliz 18 anos aí no céu. Bem vinda à maioridade, mesmo que ela só exista nos nossos sonhos”, disse ao fim do texto.

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