Mancha nega participação em emboscada que matou cruzeirense
Principal torcida organizada do Palmeiras afirma lamentar o episódio de violência ocorrido na madrugada de domingo na Rodovia Fernão Dias
atualizado
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São Paulo — A principal torcida organizada do Palmeiras, a Mancha Alvi Verde, divulgou uma nota na manhã desta segunda-feira (28/10) em que nega participação na emboscada que resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro na madrugada de domingo (27/10) na Rodovia Fernão Dias, na altura de Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo.
No comunicado, a torcida organizada lamenta a morte do cruzeirense e diz repudiar “toda e qualquer forma de violência”.
“A Mancha Alvi Verde vem sendo apontada injustamente, através de alguns meios de imprensa e redes sociais, de envolvimento em uma emboscada ocorrida na Rodovia Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã, na madrugada deste domingo (27)”, afirma a nota da torcida, anteriormente conhecida como Mancha Verde.
“Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente”, complementa a torcida organizada.
Apesar de a Mancha negar a participação, em vídeos da emboscada é possível ouvir palmeirenses gritando o nome da torcida: “É a Mancha, car****. Aqui é a Mancha, por**”.
No domingo, o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou que torcidas organizadas se comportam como “facções” e informou que o caso será investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Assista:
Emboscada em Mairiporã
Por volta das 5h da manhã de domingo, no km 65 da Rodovia Fernão Dias, no centro de Mairiporã, um grupo de palmeirenses fez uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro. Durante o ataque, um homem foi morto carbonizado e 17 ficaram feridos — sete deles tiveram traumatismo craniano.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram acionados para a ocorrência e, no local, encontraram um ônibus incendiado e outro depredado. Foram apreendidos rojões, fogos de artifício, barras de ferro e madeiras, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Com a aproximação das equipes da PRF e da Polícia Militar de São Paulo, os agressores envolvidos fugiram pelas vias locais.
Como mostrado pelo Metrópoles, a organizada palmeirense teria monitorado e interceptado os cruzeirenses, que viajavam em dois ônibus na Rodovia Fernão Dias. Os torcedores mineiros voltavam de Curitiba (PR), onde o Cruzeiro jogou no sábado (26/10) com o Athletico Paranaense e perdeu por 3 a 0.
Ao todo, 120 torcedores se envolveram na briga. Nenhum palmeirense foi identificado ou preso.