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Mala rasgada impediu namorado de levar corpo de médica, diz polícia

Namorado também apressou saída do apartamento por se sentir pressionado por mensagens no celular da vítima; ele foi preso no dia seguinte

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Montagem colorida. À esquerda, um jovem branco, de boné e camiseta preta. À direita, uma jovem, com jaleco, sorri
1 de 1 Montagem colorida. À esquerda, um jovem branco, de boné e camiseta preta. À direita, uma jovem, com jaleco, sorri - Foto: Metrópoles

São Paulo – A Polícia Civil acredita que Davi Izaque Martins Silva, 26 anos, principal suspeito do assassinato de Thallita da Cruz Fernandes, planejava tirar o corpo da médica do apartamento onde ocorreu o crime, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. O plano não foi adiante porque, segundo os investigadores, a mala estava rasgada.

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 Médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, morta em São José do Rio Preto
A médica Thallita Fernandes, de 28 anos, morava em São José do Rio Preto
Corpo da médica foi encontrado dentro de mala
Faculdade de Medicina publicou nota de pesar
Namorado está preso por morte de médica que foi encontrada dentro de uma mala
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Médica havia se formado em 2021

Reprodução/Redes Sociais
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Médica Thallita da Cruz Fernandes, 28 anos, morta em São José do Rio Preto

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A médica Thallita Fernandes, de 28 anos, morava em São José do Rio Preto

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Corpo da médica foi encontrado dentro de mala

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Faculdade de Medicina publicou nota de pesar

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Namorado está preso por morte de médica que foi encontrada dentro de uma mala

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Thalita, 28 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala em seu apartamento, em um bairro nobre de Rio Preto, na tarde de sexta-feira (18/8). Ela foi morta a facadas. Davi foi preso no sábado (19/8).

Para a polícia, a atitude de colocar Thalita na mala indica que havia intenção de remover o corpo do local – caso contrário, a médica seria deixada na própria cama, onde foi atacada. “Possivelmente ele desistiu porque a mala rasgou”, disse ao Metrópoles o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, titular da Divisão de Homicídios de São José do Rio Preto.

Além disso, segundo a polícia, o namorado decidiu deixar rapidamente o apartamento porque se sentiu pressionado por mensagens de familiares e colegas para o celular da vítima.

“Dia corrido”

Ao responder uma das mensagens, Davi acabou fazendo com que o crime fosse descoberto. “Não posso falar. O dia de serviço está muito corrido”, escreveu. A amiga que recebeu o recado, no entanto, sabia que Thallita estava de folga naquele dia. Ela acionou a Polícia Militar, que foi até o apartamento da vítima.

A PM encontrou a porta do apartamento dela trancada e precisou acionar um chaveiro para entrar. Sem roupa e com marcas de ferimento no rosto, o corpo da médica foi encontrado na mala, na área de serviço do apartamento. Também havia sangue no quarto e no banheiro do imóvel.

Uma funcionária do prédio relatou aos PMs que vizinhos haviam reclamado de barulho de briga na madrugada anterior ao crime.

Segundo o delegado Alceu, Davi admitiu, em seu depoimento, que havia consumido cocaína e ecstasy antes do crime e que discutiu com Thallita ao chegar ao apartamento.

O casal voltou a se entender e a médica foi dormir. Davi seguiu para a sala, onde teria tomado duas cervejas. “A perícia encontrou as embalagens no local”, disse o delegado. Em seguida, o namorado levantou, foi até a cozinha, pegou a faca e foi para o quarto. “Nesse momento, ele atacou Thallita a facadas enquanto ela dormia.”

A polícia acredita que a médica queria terminar o relacionamento, mas Davi não concordava sobretudo porque dependia financeiramente dela e não queria abrir mão do padrão de vida que a namorada proporcionava.

O namorado deixou o apartamento na tarde de sexta, após pedir um carro de aplicativo. A saída aconteceu antes da chegada da PM. Davi só foi preso no dia seguinte e, inicialmente, disse que havia sofrido um “lapso de memória”.

Namoro de três anos

O namoro de Thallita e Davi durou três anos. Há um ano e quatro meses, eles viviam juntos, no apartamento dela. Como a família da médica mora em Guaratinguetá (SP), Thallita costumava viajar e deixar o namorado cuidando do imóvel. Nessas ocasiões, era comum que Davi levasse amigos, fizesse festas e recebesse queixas de barulho feitas por vizinhos.

Segundo testemunhas, Davi havia começado em um novo emprego na segunda-feira (14/8). Ele era caixa de uma hamburgueria. Na quinta (17/8), no entanto, o suspeito faltou ao trabalho. Na sexta (18/8), quando o corpo da médica foi encontrado, também não apareceu.

Thallita era plantonista em um posto de saúde do município vizinho de Bady Bassitt, também no interior paulista. Nas redes sociais, ela agradecia à família pela ajuda financeira que recebeu para se formar e morar em outra cidade.

Metrópoles não localizou a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para manifestação.

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