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Mais radical, nova bancada de direita na Câmara é chamada de “G-Crazy”

Grupo informal composto por candidatos eleitos com discurso disruptivo e populares nas redes ganhou apelido de veteranos na Câmara de SP

atualizado

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Montagem com fotos coloridas de Lucas Pavanato, Sargento Nentes e Adrilles Jorge - Metrópoles
1 de 1 Montagem com fotos coloridas de Lucas Pavanato, Sargento Nentes e Adrilles Jorge - Metrópoles - Foto: Montagem/Metrópoles

São Paulo — A partir do ano que vem, vereadores bolsonaristas de primeira viagem se juntam a nomes já conhecidos da direita na Câmara Municipal da capital, ampliando a bancada conservadora na Casa. Nos bastidores, o novo grupo informal de parlamentares já recebeu um apelido dos colegas veteranos: “G-Crazy”, em referência ao perfil “amalucado” de alguns de seus integrantes, populares nas redes sociais.

Entre os integrantes do chamado “G-Crazy”, estão alguns dos candidatos a vereador mais votados dessa eleição, como Lucas Pavanato (PL), Sargento Nantes (PP) e Zoe Martinez (PL), além de Amanda Vettorazzo (União), do MBL, e Adrilles Jorge (União), o penúltimo a conquistar uma das 55 cadeiras da Câmara paulistana na próxima legislatura.

Os novos parlamentares se juntam a nomes como Sonaira Fernandes (PL), vereador bolsonarista que foi secretária da Mulher no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Rubinho Nunes (União), ex-MBL, apontado como o “líder” do “G-Crazy”, em razão de seu perfil enérgico e de sua popularidade nas redes.

Nessa terça-feira (8/10), Rubinho se reuniu com alguns dos novos parlamentares em seu gabinete para uma conversa informal. Durante a campanha, ele trocou o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem o União Brasil na coligação, pelo engajamento na candidatura do influencer Pablo Marçal (PRTB), que ficou em terceiro, fora do segundo turno.

Para Adrilles (à direita na foto em destaque), que participou do encontro, o apelido “G-Crazy” remonta ao “jornalismo de polêmica e combate” que praticava na Rádio Jovem Pan.

“Eu adorei o termo G-Crazy. É um termo que denota passionalidade. Está chegando um monte de gente que vem da comunicação, eu, Pavanato, Zoe, Amanda [Vetorazzo]. É um pessoal que tem experiência em algum calibre em jornalismo. É um tipo de jornalismo de combate, de polêmica, de debate. Agora, a gente vai entrar unindo palavra e ação. É confundido isso com histeria. Eu não tenho problema com isso.”

O nome do grupo é uma referência ao “G-7”, grupo formado por sete parlamentares na Câmara em 2010, ainda durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD), que articulou uma candidatura para a presidência da Casa contra o grupo que comandava o Legislativo, encabeçado por Antônio Carlos Rodrigues (PL) e o atual presidente, Milton Leite (União), dois expoentes do antigo “Centrão” paulistano.

Estimulado por Kassab, que na época estava formando seu partido, o grupo também era chamado de “centrinho” e foi liderado por José Police Neto (PSD), que terminou conquistando a presidência e acabou se tornando inimigo de Leite.

G-Crazy

Aos 26 anos, Lucas Pavanato (de camiseta amarela na foto em destaque) foi o candidato a vereador mais votado de São Paulo, com mais de 160 mil votos. Ele ganhou popularidade nas redes sociais fazendo vídeos questionando autoridades e adversários políticos.

Apontado como um sucessor de Fernando Holiday (Republicanos), o influenciador frequentava manifestações de esquerda para fazer provocações, registrando tudo em vídeos que serviam de matéria prima para memes e alimentavam seus perfis. No Instagram, conta com 1,3 milhão de seguidores.

Postura semelhante tem Amanda Vettorazzo (União Brasil), uma das coordenadoras do Movimento Brasil Livre (MBL). Na manifestação das centrais sindicais no dia 1º de Maio deste ano, que reuniu o candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSol, Guilherme Boulos, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela foi hostilizada por militantes de esquerda e chegou a ser agredida.

Defendendo pautas ligadas à segurança pública, Israel Nantes do Santos (PP), o Sargento Nantes (de camiseta azul na foto) colou no candidato a prefeito Pablo Marçal (PRTB) durante a campanha, desobedecendo a orientação de seu partido, que apoiou Ricardo Nunes (MDB).

Nantes foi o quarto vereador mais votado da cidade, com 112.426 votos. Ele é policial militar a mais de 20 anos e atuou, pela Rota, na operação mais sangrenta da corporação desde o Massacre do Carandiru, a Operação Verão, na Baixada Santista, que deixou um rastro de sangue e pelo menos 59 mortes.

A cubana Zoe Martinez (PL), com 60 mil votos, e o ex-BBB Adrilles Jorge (União), com 25 mil, são ex-comentaristas políticos da Rádio Jovem Pan. Ambos se destacaram por críticas à esquerda brasileira e comentários a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Adrilles também apoiou Pablo Marçal no primeiro turno.

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