Máfia chinesa: homem é preso ao ser reconhecido por sistema de câmeras
Lin Xianbin, acusado de ser membro do Grupo Bitong, ramificação da máfia chinesa, estava foragido desde 2023, após saída temporária de Natal
atualizado
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![Captura de tela de vídeo do Smart Sampa que mostra identificação de Lin Xianbin, acusado de ser membro do Grupo Bitong, ramificação da máfia chinesa. - Metrópoles](https://uploads.metroimg.com/wp-content/uploads/2025/01/29084720/Prisao-Lin-Xianbin.jpg)
São Paulo — Um membro do Grupo Bitong, ramificação da máfia chinesa que comete extorsões e homicídios contra comerciantes asiáticos na região central de São Paulo, foi preso pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) na tarde dessa terça-feira (28/1) após ser identificado pelas câmeras do programa SmartSampa.
Lin Xianbin, de 52 anos anos, é natural da Província de Fujian, assim como todos os membros e vítimas do Grupo Bitong.
Ele foi condenado a 18 anos por extorsão mediante sequestro e associação criminosa e estava foragido desde 2023, quando deixou a Penitenciária Cabo PM Marcelo Pires da Silva, em Itaí, no interior paulista, para a saída temporária de Natal.
Lin estava andando por uma rua do centro de São Paulo, quando foi abordado pelos GCMs. As câmeras do Smart Sampa flagraram o momento. Veja:
Após ser capturado pela GCM nessa terça, Lin Xianbin foi conduzido ao 8º Distrito Policial, na região do Brás, onde permanece à disposição das autoridades.
Grupo Bitong
- O Grupo Bitong atua com a prática de extorsão de comerciantes chineses, todos naturais de Fujian, no sudeste chinês;
- Dos comerciantes, são cobradas “taxas de proteção” para que eles continuem atuando em seus negócios. Quem se recusar a pagar, é morto;
- Foi o que aconteceu com ao menos duas vítimas investigadas pela polícia: Zhenhui Lin, morto em janeiro de 2015 em uma via pública da Sé, e Chengfeng Lin, morto na saída de um karaokê em dezembro de 2016;
- Os assassinatos foram cometidos a mando de Liu Bitong, considerado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como líder do grupo;
- Liu Bitong estava foragido desde 2017 quando uma ação da operação da Polícia Civil, em parceria com autoridades chinesas, prendeu mais de 20 pessoas ligadas ao esquema criminoso;
- O líder foi preso pela Polícia Federal (PF) em 16 de dezembro em Pacaraima, cidade de Roraima que faz fronteira com a Venezuela. Informações da PF apontam que ele teria passado ao menos três anos escondido no país vizinho;
- Bitong atualmente está preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, capital de Roraima;
- Para o poder público, o grupo foi desmantelado. No entanto, ainda há membros foragidos, como estava Lin Xianbin, e também criminosos que respondem em liberdade;
- Uma audiência para julgar a autoria do assassinato de Chengfeng Lin está marcada para maio deste ano;
- Matadores que já enfrentam penas que somam mais de 140 anos de prisão, como Bo Lin, considerado o mais violento do grupo, podem enfrentar novas condenações;
- O Metrópoles mostrou anteriormente que o Consulado Chinês em São Paulo incentivou as vítimas do grupo a denunciarem os crimes à polícia, o que permitiu o andamento das investigações.