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“Mãe, eu morri, tchau”, escreveu homem que matou mulher e se suicidou

Rogério Rodrigues, 47, matou a esposa, de 24, na frente dos três filhos dela e depois se matou; casal havia se separado na semana passada

atualizado

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Montagem com foto de fachada de casa, com portão prateado e parece cor de gelo, e revólver com munições ao redor no destaque, na lateral direita - Metrópoles
1 de 1 Montagem com foto de fachada de casa, com portão prateado e parece cor de gelo, e revólver com munições ao redor no destaque, na lateral direita - Metrópoles - Foto: Reprodução/Google/Divulgação/PMDF

São Paulo – A jovem Cely Jhenifer Gomes de Sousa, de 24 anos, foi assassinada a tiros, na frente dos filhos, pelo companheiro, Rogério Rodrigues, 47, na manhã dessa terça-feira (12/3), no bairro Cidade Tiradentes, zona leste paulistana.

O homem se suicidou minutos depois, em seu carro. Antes disso, mandou um áudio para a mãe. “Mãe, eu morri, tchau, te amo, matei a Cely e vou me matar e vou mandar a localização.” A Polícia Civil investiga o que teria motivado o homicídio seguido de suicídio.

O Metrópoles apurou que uma das crianças, uma menina de 11 anos, procurou uma tia, Kátia Mauricio Correia Da Silva, irmã de Cely, que trabalhava perto do local do crime. A menina afirmou à parente, chorando, que Rogério, seu padrasto, havia “matado a mamãe”.

O casal estava separado desde a semana passada, de acordo com depoimento de Kátia na delegacia. A mulher chegou a sair da residência com os três filhos, mas acabou voltando para o imóvel nessa terça-feira, ainda de acordo com sua irmã.

“O casal tinha muitas brigas, com agressões físicas e verbais, inclusive na frente das crianças”, destacou Kátia em depoimento.

Ao ser informada de que Cely havia sido ferida a tiros, Kátia foi até a casa da vítima, onde pegou as outras duas crianças. Ela não teve coragem, contudo, de entrar para ver a irmã. Uma vizinha já havia acionado o resgate, porque a jovem ainda apresentava sinais vitais.

Kátia contou que chegou a avistar Rogério. Ele teria afirmado que havia atirado contra Cely e que “estava indo se matar”.

A vítima chegou com vida à Unidade de Pronto Atendimento Cidade Tiradentes, mas morreu no local. Rogério se suicidou perto da casa da mãe, que disse à polícia que o filho e Cely brigavam “todo fim de semana”.

Busque ajuda

O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Há problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo, voluntária e gratuitamente, todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype, 24 horas, todos os dias.

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, em ambulância, como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem a quem precisa, 24 horas por dia.

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