metropoles.com

Mãe denuncia omissão de escola após filha sofrer bullying e agressão

Menina de 13 anos vem sofrendo bullying desde o ano passado. Recentemente, ela tentou tirar a própria vida. Escola se manteve omissa

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Centro Educacional Pássaro Azul, onde estudante é vítima de bullying. - Metrópoles
1 de 1 Centro Educacional Pássaro Azul, onde estudante é vítima de bullying. - Metrópoles - Foto: null

São Paulo — Uma estudante de 13 anos tentou tirar a própria vida em decorrência do bullying que vem sofrendo no Centro Educacional Pássaro Azul, localizado no bairro Turiaçú, zona norte do Rio de Janeiro.

A mãe da menina, a assessora de imprensa Adriana Quintairos, procurou o Metrópoles após o colégio, conhecido como CEPA, se mostrar omisso em relação ao caso.

Segundo Adriana, a filha, chamada Maythe, estuda na instituição há três anos, e desde o ano passado vem sofrendo bullying. A aluna passou a ser excluída dos grupos de estudantes e se tornou alvo de xingamentos constantes – como ofensas de gênero e intolerância religiosa.

As agressões, no entanto, pioraram em março deste ano, chegando a incluir violência física.

Colegas de escola passaram a ofender a menina nas redes sociais e em grupos privados do WhatsApp. O bullying se intensificou tanto ao ponto de ultrapassar o ambiente escolar e atingir a vida cotidiana da garota.

Os adolescentes teriam tentado coagir amigos de Maythe que não estudam no colégio para afastá-los da garota.

O Metrópoles teve acesso a mensagens privadas que mostram o teor das agressões.

10 imagens
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
1 de 10

Imagem: Reprodução

2 de 10

Imagem: Reprodução

3 de 10

Imagem: Reprodução

4 de 10

Imagem: Reprodução

5 de 10

Imagem: Reprodução

6 de 10

Imagem: Reprodução

7 de 10

Imagem: Reprodução

8 de 10

Imagem: Reprodução

9 de 10

Imagem: Reprodução

10 de 10

Imagem: Arquivo pessoal

Adriana chegou a falar com a mãe da adolescente que enviou ofensas pelo Instagram. As duas meninas seriam amigas desde a infância.

A mãe da garota que ofendeu Maythe teria ficado surpresa com o teor das ofensas. No entanto, nada foi feito.

Adriana procurou a escola diversas vezes para resolver o problema. A solução dada pela instituição, segundo a assessora de imprensa, foi afastar Maythe até encerrar o ano letivo. O colégio, que é particular, exigiria o pagamento das mensalidades até o fim do ano.

Após a insistência da mãe, a coordenação da escola sugeriu suspender os alunos envolvidos na agressão, além de outras punições como cancelar uma festa de Halloween que aconteceria na instituição e proibir os adolescentes de irem a passeios escolares.

“Eu falei [para a escola]: ‘vocês estão normalizando o bullying, porque quando vocês veem que tudo isso está acontecendo, e não existe uma punição, todos veem o quê?’. Tanto é que em um dos prints está que ‘a Maythe é um cachorro que só late, mas não morde, não vai dar em nada’. Então o bullying não dá em nada, ‘nós podemos fazer, porque não existe punição’. Eles normalizaram o bullying, e a única pessoa que está sendo punida, é minha filha”, disse.

Maythe, que é diagnosticada com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), faz tratamento psicológico e psiquiátrico. Na última semana, a estudante do 7º ano tomou uma cartela de comprimidos, na tentativa de tirar a própria vida.

Adriana lembra que, no mês passado, após uma palestra de Setembro Amarelo, campanha de combate ao suicídio, uma das colegas de escola disse à Maythe “tomara que você consiga [se matar]”.

Maythe teria dito à mãe que “não aguenta mais”.

“Eles [escola] só vão tomar uma atitude quando uma criança conseguir se suicidar”, disse Adriana.

A menina está afastada das aulas. A mãe já deu entrada na matrícula em outro colégio, para que a adolescente inicie o próximo ano letivo em outra instituição.

A assessora de imprensa fez uma denúncia sobre o caso no Disque 100 nessa quarta-feira (24/10). Nesta quinta (25), ela irá registrar um boletim de ocorrência e ver como entrar na Justiça para processar o colégio, conforme informou ao Metrópoles.

A reportagem tentou contatar o Centro Educacional Pássaro Azul e a coordenadora de ensino da instituição, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.

O Metrópoles também contatou a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ) e aguarda um posicionamento sobre o caso.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?