Mãe de empresária morta se revolta com soltura de suspeita: “Sem chão”
Ex-funcionária de vítima foi presa no ano passado suspeita de atrair empresária até local onde ela foi assassinada com facadas
atualizado
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São Paulo – A Justiça determinou nessa terça-feira (30/7) que Cíntia Maria Feliciano Peixe seja solta. Ela estava presa sob a suspeita de participação no assassinato da empresária Thaís Rocha Secundino, de 28 anos, encontrada morta a facadas dentro de um Jeep Renegade, em 3 de fevereiro do ano passado, na região de Sapopemba, zona leste paulistana.
A expedição do alvará de soltura de Cíntia deixou a mãe da vítima revoltada. A comerciante Marilde Ferreira Rocha, 58, afirmou ao Metrópoles, nessa quarta-feira (31/7), estar “muito triste e indignada”.
“Nenhuma mãe merece passar por isso. Eu acreditava que a justiça estava sendo feita. Mas, agora, fiquei sem chão”.
No alvará, o juiz Roberto Zanichelli Cintra argumenta que a ré terá o direito de responder ao caso em liberdade, respeitando medida cautelares, como comparecer em cartório no primeiro dia útil “para assinatura de termo de compromisso e intimação da sentença pronunciada”. A ré foi solta ainda na terça, segundo documentos assinados pela diretoria do Centro de Detenção de Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
O outro preso por envolvimento no homicídio, Leandro Aparecido dos Santos, também foi solto, em novembro do ano passado, para aguardar o julgamento.
“Minha filha e a Cíntia eram muito amigas, trabalhavam juntas concedendo empréstimos. Fiquei muito triste quando soube que a Cintia estava envolvida na morte da Thaís”, afirmou Marilde.
A defesa de Cintia alega inocência. Ela e Leandro ainda serão submetidos a um julgamento, cuja data ainda não foi confirmada.
Relembre o caso
A empresária Thaís Rocha Secundino foi encontrada morta dentro de um Jeep Renegade, com marcas de ferimentos de faca, na Avenida Arquiteto Vilanovas Artigas, em Sapopemba.
Na ocasião do crime, Cintia e Leandro foram presos. A delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) afirmou, após as detenções, que a principal motivação para o crime seria “questões envolvendo suposto desvio de dinheiro.”
No processo do caso, obtido pelo Metrópoles, é mencionado que Thaís desconfiava do desvio de milhares de reais, feitos por Cíntia, de valores usados pela vítima em empréstimos para terceiros.
A ré, solta pela Justiça, teria usado a amizade que mantinha com Thaís para atraí-la até o local do crime. Um terceiro suspeito, ainda não identificado, teria participado do homicídio.