1 de 1 higiene da boca
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São Paulo – Uma pesquisa do Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), concluiu que a falta de cuidado com a higiene bucal está diretamente relacionada ao risco de doença no coração.
As enfermidades odontológicas que mais levam a problemas cardíacos são cárie dentária, inflamações da gengiva (doença periodontal) e infecções nos canais das raízes dentárias (periodontite apical).
O estudo mostrou que o Streptococcus viridans é o microrganismo mais encontrado na boca, representando 96% dos casos. Segundo a pesquisa do Incor, 57% dos pacientes tinham cárie; 45% apresentavam periodontite apical; 77% tinham risco moderado a alto para inflamação da gengiva; e 78% dos pacientes tinham perda dentária.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), doenças cardiovasculares são algumas das principais causas de mortes no Brasil. Segundo a instituição, a maioria dos óbitos poderiam ser evitados ou postergados com cuidados preventivos e medidas terapêuticas
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Para a SBC, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças do coração podem ser o suficientes para reverter quadros graves. Para isso, é necessário saber identificar os principais sintomas de problemas cardiovasculares e tratá-los, caso apresente algum deles
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Dentre as doenças cardiovasculares que mais fazem vítimas fatais, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) se destaca. Ele é causado devido à presença de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos cerebrais. Entre os sintomas estão: dificuldade para falar, tontura, dificuldade para engolir, fraqueza de um lado do corpo, entre outros
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Imagem ilustrativa de pessoa com dor no peito
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A cardiomiopatia é outra grave doença que acomete o coração. A enfermidade, que deixa o músculo cardíaco inflamado e inchado, pode enfraquecer o coração a ponto de ser necessário realizar transplante. Entre os sintomas da doença estão: fraqueza frequente, inchaços e fadiga
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O infarto do miocárdio acontece quando o fluxo sanguíneo no músculo miocárdio é interrompido por longo período. A ausência do sangue na região pode causar sérios problemas e até a morte do tecido. Obesidade, cigarro, colesterol alto e tendência genética podem causar a doença. Entre os sintomas estão: dor no peito que dura 20 minutos, formigamento no braço, queimação no peito, etc.
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Uma das doenças do coração mais comuns, e grave é a insuficiência cardíaca. Ela é caracterizada pela incapacidade do coração de bombear o sangue para o organismo. A enfermidade provoca fadiga, dificuldade para respirar, fraqueza, etc. Entre as principais causas da enfermidade estão: infecções, diabetes, hábitos não saudáveis, etc.
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A doença arterial periférica, assim como a maioria das doenças do coração, é provocada pela formação de placas de gordura e outras substâncias nas artérias que levam o sangue para membros inferiores do corpo, como pés e pernas. Colesterol alto e tabagismo contribuem para o problema. Entre os sintomas estão: feridas que não cicatrizam, disfunção erétil e inchaços no corpo
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Causada por bactérias, fungos ou vírus de outras partes do corpo que migram para o coração e infeccionam o endocárdio, a endocardite é uma doença que pode causar calafrios, febre e fadigas. O tratamento da doença dependerá do quadro do paciente e, algumas vezes, a cirurgia pode ser indicada
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Causada devido à inflamação de outros músculos cárdicos, a miocardite pode causar enfraquecimento do coração, frequência cardíaca anormal e morte súbita. Dores no peito, falta de ar e batimentos cardíacos anormais são alguns dos principais sintomas
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Além dos sintomas comuns de cada uma das doenças cardiovasculares, cansaço excessivo sem motivo aparente, enjoo ou perda do apetite, dificuldade em respirar, inchaços, calafrio, tonturas, desmaio, taquicardia e tosse persistente podem ser sinais de problemas no coração
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Segundo a cartilha de Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), apesar de alguns casos específicos, é possível prevenir problemas no coração mantendo bons hábitos alimentares, praticando exercícios físicos e cuidando da mente
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Endocardite infecciosa
Todas essas complicações são fatores de risco para a endocardite infecciosa, que atinge a camada interna do coração.
Isso porque, por meio de sangramento gengival, lesão de cárie ou pequena lesão bucal, as bactérias da boca podem entrar na corrente sanguínea e se alojar nos defeitos da parte interna do coração, causando assim a infecção.
A endocardite apresenta uma mortalidade hospitalar de 20%, índice que pode subir para 25% ou 30% após seis meses de infecção instalada. A doença também pode causar AVC com sequelas incapacitantes. A infecção cardíaca afeta de 3 a 10 pacientes a cada 100 mil pessoas.
Pesquisa do Incor
O levantamento abrangeu 567 casos de endocardite em pacientes internados no InCor entre 2009 e 2019, sendo 206 casos causados por bactérias da boca.
Desses 206, cem casos foram avaliados pela pesquisa. De acordo com o estudo, 70% eram homens com média de 45 anos de idade que não mantinham higiene bucal adequada.
Renda
De acordo com a autora do estudo e cirurgiã dentista do InCor, Tânia Montano, em países com alta renda, a endocardite infecciosa tem se mostrado, nas últimas duas décadas, como uma doença típica do envelhecimento.
Nessas regiões, cada vez menos, a infecção do coração está relacionada às bactérias orais. Já em em países de baixa renda, como o Brasil, a endocardite afeta pessoas mais jovens e está relacionada a problemas bucais.
“O que revela a falta de acesso aos cuidados médico e odontológico, carência de informações sobre higiene oral, dificuldade de aquisição de escova e fio dental, e ausência de saneamento básico. Tudo isso também associado ao baixo grau de escolaridade, conforme 88% da nossa amostra de pacientes não concluíram os estudos”, explicou a autora.
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