Lula tira de Tarcísio policial que fez sua condução coercitiva
Policial federal, Danilo Campetti exercia cargo de assessor especial do governador Tarcísio de Freitas, mas governo Lula o chamou de volta
atualizado
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São Paulo – O policial federal Danilo Campetti, assessor especial do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), terá de deixar o Palácio dos Bandeirantes para retornar à Polícia Federal (PF) por ordem do governo Lula.
Campetti (na foto, ao lado de Tarcísio) estava cedido pela PF ao governo paulista desde o começo do ano, lotado na Secretaria da Casa Civil, com salário bruto de R$ 17,9 mil.
O servidor é um bolsonarista declarado e tentou, sem sucesso, se eleger deputado estadual pelo Republicanos nas eleições de 2022. Na campanha, explorou sua atuação como policial, em especial a participação na condução coercitiva do Lula, em 2016, e da prisão do presidente, em 2018.
O agente também acompanhou o ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha de 2018, e estava ao lado dele no dia da facada em Juiz de Fora, em Minas Gerais.
Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o governo paulista recebeu um ofício do Ministério da Justiça na semana passada. Nele, o secretário executivo da pasta, Ricardo Capelli, solicita o retorno de Campetti à PF.
“Danilo Campetti foi, até 3 de junho, policial federal cedido ao Estado de São Paulo para o cargo de assessor do governador Tarcísio de Freitas”, informou, em nota ao Metrópoles, o Palácio dos Bandeirantes.
“A Polícia Federal, por meio do Ministério da Justiça, solicitou o retorno de Campetti à corporação no dia 3 de junho, o qual foi realizado conforme solicitado”, finaliza a nota.
Questionado pelo Metrópoles sobre o motivo da solicitação do retorno do policial para a PF, o Ministério da Justiça não respondeu até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.