Lula faz campanha para Boulos durante ato em SP: “Verdadeira guerra”
Lula puxou o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) para a frente de palco em São Paulo e pediu votos na eleição municipal deste ano
atualizado
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São Paulo – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o ato de 1º de maio, Dia do Trabalho, organizado por centrais sindicais, em São Paulo, para fazer campanha para o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), que será seu candidato nas eleições municipais em 2024. A propaganda eleitoral antecipada é proibida pela legislação brasileira.
“Esse rapaz, esse jovem, esse jovem está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, nosso adversário municipal, nosso adversário estadual”, disse Lula, após puxar Boulos para a frente do palco do evento, na Arena Corinthians, na zona leste de São Paulo.
Lula afirmou ao público que “ninguém derrotará” Boulos se “vocês votarem” no deputado “para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”. “Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.
Segundo a legislação eleitoral, campanhas de candidatos só podem ser feitas a partir de 16 de agosto de 2024, após o fim do registro das candidaturas. Casos de eventuais campanhas antecipadas podem resultar em multas de até R$ 25 mil.
Isenção do IR
No mesmo evento, Lula assinou a lei que altera a tabela progressiva mensal do Imposto de Renda, para isentar trabalhadores que ganham até dois salários mínimos.
O presidente afirmou manter a promessa de aumentar o patamar da isenção ainda em seu governo para quem ganha até R$ 5 mil.
“A palavra continua em pé. A partir de hoje, quem ganha R$ 2,8 mil paga zero de Imposto de Renda, e vamos chegar a R$ 5 mil”, afirmou.
Lula assinou também o Decreto de Promulgação da Convenção e Recomendação sobre o Trabalho Decente para as Trabalhadoras e os Trabalhadores Domésticos.
Desoneração
Lula voltou a rechaçar, durante o evento, a desoneração da folha de empresas de 17 setores. O projeto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional e vetado pelo governo. Em seguida, parlamentares derrubaram o veto de Lula.
“A gente faz desoneração quando o povo pobre ganha. Quando o trabalhador ganha. Mas fazer desoneração sem que eles sequer se comprometam a gerar o emprego, sem que eles sequer se comprometam a dar garantias a quem está trabalhando… Eu quero dizer: no nosso país, não haverá desoneração para favorecer os mais ricos e sim para favorecer aqueles que trabalham e vivem de salário”, disse Lula.