Lula critica mercado e diz que não faltará dinheiro para educação
Após reforçar compromisso do governo com responsabilidade fiscal, Lula critica mercado e repete que educação é investimento, e não gasto
atualizado
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São Paulo – Em meio a uma turbulência na política cambial e uma sequência de críticas ao Banco Central BC), que levaram o governo federal a anunciar um corte de gastos de R$ 25,9 bilhões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repetiu que investimento em educação não pode ser considerado gasto e que não faltará dinheiro para a área.
A afirmação ocorreu durante a inauguração da construção de um complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos, na cidade de Campinas, interior paulista, na tarde desta quinta-feira (4/7). Lula também fez uma referência à pandemia de Covid-19, período no qual o país era governado pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
“Não faltará dinheiro para a educação no país. A educação é o oxigênio que faltou para o povo na época da Covid. A educação é o passaporte que pode garantir para o futuro desse país”, afirmou Lula.
O presidente criticou o mercado financeiro pela pressão para que ele corte gastos e, ao comentar políticas de financiamento estudantil, voltou a repetir que a construção de escolas custa menos ao governo do que construir penitenciárias.
“E aí aparecem os analistas de mercado, os comentaristas, os críticos, falando que é jogar dinheiro fora gastar dinheiro com Ensino Médio e pagar para aluno estudar. Eu fico pensando o que custa mais caro, o que é melhor para o país”, disse.
Lula acrescentou que a defesa às políticas de educação não se tratam de uma opção econômica, mas sim uma decisão política que “não se aprende em escola”.
“Decisões políticas custam caro, mas você tem que tomar, porque são elas que definem a cara do país que você quer”, declarou.