metropoles.com

Lula é cobrado ao inaugurar universidade: “Unifesp ainda não é nossa”

Aluna pontuou que campus da Unifesp em Osasco foi entregue com serviços inacabados; Lula respondeu e disse que “vocês têm direito de cobrar”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ricardo Stuckert / Presidência da República
Homem branco de cabelos branco, blazer preto e calça jeans gesticula em sala de aula; ao fundo está o quadro, ao lado há outras pessoas e pé e, na frente dele, estudantes sentados em carteiras - Metrópoles
1 de 1 Homem branco de cabelos branco, blazer preto e calça jeans gesticula em sala de aula; ao fundo está o quadro, ao lado há outras pessoas e pé e, na frente dele, estudantes sentados em carteiras - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert / Presidência da República

São Paulo — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi cobrado publicamente, em discurso, durante a cerimônia de inauguração do novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Osasco, na Grande São Paulo, por uma das universitária convidada a representar o corpo discente da instituição.

A aluna de Direto Jamilly Fernandes Assis afirmou que as obras estavam sendo entregues com serviços ainda a serem feitos e reivindicou mais condições para garantir a permanência estudantil.

“Depois de muita luta e 14 anos de espera, finalmente estamos presenciando a inauguração oficial de apenas metade da Unifesp Quintaúna, o qual foi aguardado ansiosamente por toda a comunidade acadêmica”, disse a estudante.

“Em uma celebração com a presença do excelentíssimo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é necessário reforçar que as obras do campus não estão completas e ainda nos faltam o auditório, o prédio da biblioteca e a quadra e os anfiteatros”, disse a estudante.

Jamilly seguiu: “As melhorias físicas do nosso dia a dia universitário tem significado simbólico: a efetivação de um projeto que visa sustentar e valorizar uma educação pública de qualidade. Mas, para além de um campus, a universidade se faz com pessoas, bem como a concretização de políticas públicas de permanência”.

Entre as cobranças, Jamilly citou a necessidade de uma moradia estudantil (para alunos que não são da região de Osasco poderem permanecer) e um refeitório com valores acessíveis.

A aluna afirmou ainda que a cerimônia deveria ser também um “dia de reflexão” sobre a permanência de estudantes negros, LGBTQIA+ e mulheres. “A Unifesp ainda não é de todos, todas e todes. Ainda não é nossa, no plural. Ainda é um caminho solitário para a maioria de nós e devemos trabalhar com a realidade. A luta continua em prol da outra metade do campus e melhores condições de permanência estudantil”.

Lula respondeu em seu discurso. Fez parábolas sobre lutas de seu passado sindical e disse que, já dirigente público, viu várias vezes terminar negociações acatando a maioria dos pedidos mas ver os interlocutores se focarem nos pontos não acatados.

“Ao invés de o companheiro dirigente sindical começar o discurso agradecendo as 99 [coisas atendidas], ele vai reclamar de uma [não atendida]. É inacreditável”, disse. Mas ele reconheceu que “é lógico que vocês têm todo o direito de cobrar”.

O presidente afirmou que era preciso pensar em moradia e alimentação para os estudantes, mas ressaltou que as obras ficaram praticamente paradas no mandato anterior, sem citar diretamente Jair Bolsonaro (PL). “É importante lembrar que a galinha bota um ovo de cada vez”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?