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“Loucura de gestão”, diz governo Tarcísio sobre Ensino Médio deixado por Doria

Complexidade de itinerários do Ensino Médio é criticada por diretor-pedagógico da Secretaria da Educação; gestão Tarcísio anunciou reformas

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Imagem colorida mostra estudante branco com cabelo cacheado concentrado com a cabeça baixa durante prova da FUVEST. Ele veste uma camiseta marrom e segura duas canetas e uma lapiseira com a mão direita - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra estudante branco com cabelo cacheado concentrado com a cabeça baixa durante prova da FUVEST. Ele veste uma camiseta marrom e segura duas canetas e uma lapiseira com a mão direita - Metrópoles - Foto: Marcos Santos / USP Imagens

São Paulo – O diretor-pedagógico da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, Renato Dias, diz que o modelo de itinerários vigente no Ensino Médio até agora era “uma loucura”.

“Eram 11 itinerários formativos, cada um com seis unidades curriculares e quatro disciplinas diferentes. É uma loucura de gestão para o aluno e para o professor”, afirma Dias. “Como é que eu consigo garantir material didático de qualidade para essas 300 disciplinas?”, diz ele.

O formato criticado pelo diretor-pedagógico foi desenhado pela gestão do ex-governador João Doria (sem partido) e tinha como secretário de Educação, Rossieli Soares, que também foi ministro da área durante o governo Michel Temer (MDB).

No modelo que vigorava até então, os alunos tinham a opção de escolher entre 12 itinerários, os 11 citados pelo diretor-pedagógico e o chamado NovoTec, que incluía um ensino técnico.

Nesta semana, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou uma reestruturação do programa. A partir de 2024, os estudantes terão apenas três opções de formação, com cinco disciplinas cada.

Os novos itinerários foram divididos em “Ciências da Natureza e suas Tecnologias + Matemática”, “Linguagens e suas Tecnologias + Ciências Humanas e Sociais Aplicadas” e “Ensino Profissionalizante”.

A redução nas opções de formação tem o objetivo, segundo Dias, de “simplificar a implementação do itinerário na rede” e melhorar a experiência dos estudantes e professores.

Uma das críticas feitas pelos docentes ao formato era a falta de formação para algumas das aulas que faziam parte do currículo. O diretor afirma que as mudanças também visam resolver este problema.

“[Queremos] o professor certo para a disciplina certa. Tem que fazer sentido ”, diz Dias. Ele cita como exemplo a disciplina de empreendedorismo, que fará parte do itinerário de matemática.

“A gente, ao construir essa disciplina, vai dar para ela uma visão mais próxima da matemática. Que tipo de controle financeiro você tem que ter, como você vai calcular os seus custos de produção e a sua receita… Isso é matemática”, afirma ele.

Entre os dias 15 de agosto e 15 de setembro os alunos deverão indicar quais dos três itinerários preferem. Depois, a secretaria vai mapear as preferências dos estudantes para decidir como as formações serão distribuídas entre as escolas.

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aliás, tem como objetivo avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Dessa forma, podem participar da prova alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores
Implantado em 2005, o ProUni é uma iniciativa que concede bolsas parciais ou integrais em faculdades da rede privada. Podem se candidatar estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas ou na rede particular, como bolsistas integrais, e que tenham renda familiar de até três salários mínimos
Para conseguir bolsa de 100%, no entanto, é preciso ter renda familiar de, no máximo, um salário mínimo e meio. O PROUNI também beneficia candidatos com cotas afirmativas e professores da rede pública que estejam ativos no quadro de pessoal. Esses últimos podem se candidatar a cursos de licenciatura sem necessidade de comprovação de renda
Quem fez o Enem pode usar nota da prova para obter financiamento estudantil, por meio do Fies, em cursos de instituições particulares de ensino superior, com juros menores e prazos mais longos de pagamento. Também é necessário ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos (R$ 3.960)
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ProUni, Fies e Sisu são programas de incentivo à educação cujo objetivo é facilitar, de certa forma, a inclusão de estudantes no ensino superior brasileiro, sempre tendo o Enem e suas notas de corte como primeiro passo obrigatório

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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aliás, tem como objetivo avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Dessa forma, podem participar da prova alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Implantado em 2005, o ProUni é uma iniciativa que concede bolsas parciais ou integrais em faculdades da rede privada. Podem se candidatar estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas ou na rede particular, como bolsistas integrais, e que tenham renda familiar de até três salários mínimos

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Para conseguir bolsa de 100%, no entanto, é preciso ter renda familiar de, no máximo, um salário mínimo e meio. O PROUNI também beneficia candidatos com cotas afirmativas e professores da rede pública que estejam ativos no quadro de pessoal. Esses últimos podem se candidatar a cursos de licenciatura sem necessidade de comprovação de renda

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Quem fez o Enem pode usar nota da prova para obter financiamento estudantil, por meio do Fies, em cursos de instituições particulares de ensino superior, com juros menores e prazos mais longos de pagamento. Também é necessário ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos (R$ 3.960)

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Sisu

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Durante a inscrição no Sisu, o candidato tem que escolher, em ordem de preferência, até duas opções entre as vagas ofertadas pelas instituições participantes do programa. O interessado também deve informar se concorrerá por cotas ou por ampla concorrência

Vinícius Santa Rosa/Metropoles
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Para se candidatar a qualquer um dos programas, porém, é necessário obter média igual ou superior a 450 pontos e nota superior a zero na redação. Também é necessário possuir renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos

IMP Concursos/Divulgação

O novo material didático e a decisão sobre a atribuição das aulas entre os professores serão discutidos ao longo deste semestre.

Além da redução de itinerários, o governo também anunciou a criação de disciplinas que serão cursadas por todos os alunos a partir do primeiro ano do Ensino Médio. São elas: “Educação Financeira”, “Projeto de Vida”, “Redação e Leitura” e “Aceleração para Vestibular”.

Não haverá mudanças nas disciplinas tradicionais, como matemática e língua portuguesa.

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