Livraria Cultura entra com recurso e pede suspensão da falência
A empresa admite ter atrasado pagamentos e alega ser ainda economicamente viável
atualizado
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Na noite de quarta-feira (14), a Livraria Cultura entrou com recurso pedindo a suspensão da falência da empresa. Em 9 de fevereiro, o juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decretou a falência da empresa.
No recurso, a Cultura admite que atrasou alguns pagamentos previstos no plano de recuperação. A justificativa para os atrasos é a situação econômica do país e a pandemia. A empresa afirma ser economicamente viável e alega que seguir com a recuperação judicial seria mais benéfico para os credores do que a falência da companhia.
Segundo a defesa, a Cultura pagou mais de R$ 12 milhões a quase 3 mil credores nos últimos quatro anos e estaria em dia com os compromissos. A exceção seria uma dívida com o Banco do Brasil, que estaria em negociação.
O pedido de recuperação judicial foi apresentado em 2018, depois de uma crise que se estendia. Na ocasião, a Livraria Cultura declarou ter R$ 285,4 milhões em dívidas.