Linhas do Metrô voltam a funcionar após paralisação relâmpago em SP
Linhas do Metrô voltaram a funcionar no início da tarde desta quinta-feira após paralisação de quase 4 horas em meio ao feriado em SP
atualizado
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São Paulo – Os metroviários encerraram, no início da tarde desta quinta-feira (12/10), a paralisação que começou pela manhã em protesto contra punições aplicadas a operadores de trens. O sindicato diz que a penalização é decorrente da greve do último dia 3, e o Metrô afirma que é por causa da “negativa de cinco profissionais em desempenhar suas atribuições”.
O protesto foi realizado das 10h18 às 13h45 e afetou a circulação nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Os ônibus do Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado para dar conta dos passageiros que ficaram sem o transporte metroviário.
Segundo o Sindicato do Metroviários, a direção da companhia começou a aplicar advertências por escrito na madrugada desta quinta.
“Essa atitude é intempestiva porque a direção da empresa já havia concordado em conversar e negociar sobre o tema. Porém, resolver colocar o carro na frente dos bois e aplicar uma retaliação por causa da greve do último dia 3/10, que sequer foi julgada ainda”, diz, em nota.
O sindicato afirma que a direção da empresa preferiu prejudicar a população e que a mobilização se encerrou após a companhia concordar em negociar “as punições antissindicais na próxima segunda-feira”. Segundo os metroviários, haverá uma assembleia na segunda.
Já o Metrô diz que a advertência por escrito foi aplicada a cinco operadores de trem “em virtude da negativa reiterada destes cinco profissionais de desempenhar as suas atribuições”.
“Eles se negam a participar da formação e da aula prática ofertada a outros empregados que estão sendo treinados para a função de operação de trem, procedimentos que fazem parte da rotina dos metroviários”, afirma.
A companhia diz também que a advertência não tem relação com a greve e não implica suspensão ou demissão, bem como não há impactos na remuneração. Afirma, do mesmo modo, que a punição pode ser questionada pelos empregados na via administrativa ou judicial.
O Metrô diz que estuda “medidas legais que podem ser tomadas devido a uma paralisação que prejudicou a população sem aviso prévio”.