Leo Santana lota Anhangabaú na abertura da Virada Cultural de SP
Show no Vale do Anhangabaú começou com atraso, mas Leo Santana fez público dançar disparando hit após hit na Virada Cultural
atualizado
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São Paulo — O começo do show atrasou mais de uma hora e o som não estava lá aquelas coisas, mas assim que o cantor baiano Leo Santana subiu no palco Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú, abrindo oficialmente a Virada Cultural 2024 em São Paulo, o centro da cidade foi só festa, com milhares de pessoas dançando os hits trazidos pelo astro.
Leo abriu o show saudando São Paulo, convocando o público para dançar e cantou “Posturado e Calmo”, para ouvir um público eufórico entoar “Ai, ai, que putaria!”.
O Vale do Anhangabaú estava “envelopado” com tapumes de ferro, de modo que havia um único acesso para o público na área, no lado oposto do palco, pela Rua Formosa.
Desde o fim da pandemia, a Prefeitura tem optado por esse tipo de organização, que facilita o controle da Polícia Militar sobre quem acessa o show, em uma tentativa de evitar roubo de celular – crime que ocorreu aos montes nas versões anteriores da Virada.
Festa dividida
Quando a Virada teve início, os palcos eram montados na rua, sem tapumes separando os espaços, e era mais fácil o público pingar de palco em palco para ver mais atrações.
Com o novo formato, o público do Anhangabaú era composto, majoritariamente, por fãs do cantor (ou das atrações seguintes, como as cantoras Joelma e Pablo Vittar, que ainda se apresentariam neste noite), mas que não tinham intenção de curtir outras apresentações. Veja a programação completa.
“Vim para o show do Leo Santana. Nunca tinha ido nas viradas anteriores, em nenhum ano. Acho que não era tão divulgado”, disse o analista comercial Oberdan Luz, de 28 anos, que estava no Anhangabaú com a irmã. Morador da zona sul, ele diz que o grupo cogitou ir ao palco da Virada montado pela Prefeitura em Parelheiros, mas que o apelo para ver o cantor era maior.
Também estreante na virada, a atendente desempregada Natalia Lohane, de 29 anos, teve de optar a ir no palco mais perto de sua casa, em Itaquera, na zona leste, ou ir para o centro ver Leo Santana. Ficou com a segunda opção. “Os shows eram no mesmo horário”.
Ela estava, contudo, com o auxiliar de produção Alan Santos, de 29 anos, veterano de várias viradas passadas, segundo contou. Para ele, o formato da virada “envelopada” trouxe aspectos positivos, como o fato de se preocupar menos com assaltos. “Não tem para onde eles correrem”, afirmou, se referindo a possíveis assaltantes.
A festa gratuita e com ares de segurança fez com que muitas famílias comparecessem. Porém, Gabriela Silveira, de 23 anos, que também estreou em sua primeira Virada neste sábado e estava com sua família, disse achar melhor não ficar no centro durante a madrugada. “Infelizmente”, disse.
A Prefeitura instalou pontos de bebida credenciados dentro das áreas do show e, no Anhangabaú, há ainda dois outros palcos. Com a demora para Leo começar, um dos outros espaços, reservado para o forró, dentro da Praça das Artes (um espaço anexo ao Anhangabaú), deu contra de arrastar uma pequena multidão e deixar o público animado.