Laudo mostra causa da morte do menino Apollo, esquecido na van escolar
Menino Apollo Gabriel, 2, morreu após ficar 6 horas trancado em uma van escolar em SP; laudo necroscópico mostra causa da morte da criança
atualizado
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São Paulo – O laudo necroscópico mostra que o menino Apollo Gabriel, de apenas 2 anos, que foi esquecido dentro da van escolar, morreu de desidratação e já estaria doente no dia da tragédia. O casal responsável pelo transporte da criança responde em liberdade à investigação de homicídio.
Apollo Gabriel morreu após ser esquecido e ficar 6 horas trancado na van, que estava em um estacionamento na Vila Maria, na zona norte da capital paulista, em novembro de 2023. O resultado da perícia, obtido pelo Metrópoles, só foi apresentado agora.
No dia da morte da criança, a cidade de São Paulo registrou, em média, 37,3ºC. “O óbito deveu-se à desidratação em examinado portador de pneumopatia aguda”, registra o médico legista.
O exame também constatou que o pulmão do menino apresentava “edema”, “congestão acentuada”, “enfisema intersticial”, condição que provoca dificuldades respiratórias.
O exame no corpo do menino mostra, ainda, que a vítima não sofreu lesões provocadas por violência nem encontrou vestígios de drogas ou outras substâncias no sangue – o que afasta a hipótese de a criança ter sido dopada.
Já o exame anatomopatológico, que analisou os pulmões da vítima com microscópio, indica a possibilidade de a criança estar com “quadro viral associado”.
Investigação
O motorista da van Flávio Robson Benes, de 45 anos, e sua assistente Luciana Coelho Graft, de 44, chegaram a ser presos em flagrante, foram soltos e respondem à investigação em liberdade.
Segundo o inquérito, Flávio e Luciana deveriam ter deixado o menino de 2 anos na escola às 7h, mas acabaram esquecendo o garoto no veículo. O garoto só foi encontrado no meio da tarde.
O motorista levou o menino para o Hospital Municipal Vereador José Storopolli, conhecido como PS Vermelhinho, na Vila Maria, mas ele já chegou ao local morto.
Em depoimento à Polícia Civil, o casal admite que errou na contagem das crianças no dia da tragédia e alega que a mulher havia ido trabalhar sentindo mal estar e enxaqueca.